Materiais:
Enviada em: 17/04/2017

No ano de 2015, a Suprema Corte norte-americana legalizou o casamento civil de pessoas do mesmo sexo. Essa decisão histórica levantou debates acerca do conceito de família no século XXI, evidenciando uma visão preconceituosa de muitos indivíduos sobre o tema. Fatores de ordem educacional, bem como cultural, caracterizam o dilema da questão familiar no Brasil.    É importante ressaltar, de início, as falhas da educação brasileira na abordagem das diversidades de famílias. As escolas deveriam desenvolver nos indivíduos as noções de tolerância e respeito ao que foge do tradicional, entretanto a imposição do "Dia das Mães" e "Dias dos Pais" aos estudantes padroniza os núcleos familiares, que, atualmente, estão cada vez mais diversos. Nesse sentido, segundo psicanalistas, promover a aceitação da diferença envolve o convívio e o debate desta.    Outrossim, tem-se o modelo de família heterossexual enraizado na cultura brasileira. Dado que as novas configurações familiares são, relativamente, recentes, os indivíduos, muitas vezes, não conseguem enxergar o lar homoafetivo como algo natural. Tal fato pode ser ratificado pela criação do Estatuto da Família, que define uma entidade familiar apenas pela união de um homem e uma mulher.    É notória, portanto, a influência de fatores educacionais e culturais na temática supracitada. Nesse viés, cabe às escolas, em consonância com a mídia, promoverem a aceitação às diferenças nas constituições familiares. Essa medida pode ser realizada por meio da substituição dos dias das mães e pais pelo "Dia da Família" e mediante propagandas educativas nas rádios e televisões. Paralelamente, o Governo, por intermédio dos órgãos responsáveis, deve assegurar aos indivíduos a existência de diversas formas de família. A ideia é, mediante a não aceitação do Estatuto da Família e por meio da elaboração de campanhas e palestras nas internet, construir na população uma consciência social de respeito e tolerância aos novos núcleos familiares.