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Enviada em: 30/04/2017

Ao analisar o tema referente ao conceito de família no século XXI vê-se que ele tem passado por transformações ao longo dos anos. No século XX, o mundo viveu as primeiras fases da industrialização em massa, fator responsável pela mudança no padrão de vida da sociedade da época. De forma contemporânea, a família configura-se com uma relevante instituição social, adquirindo caráter político e afetivo.       Historicamente, com a chegada dos colonizadores europeus ao Brasil, a herança patriarcal, imposta por meio de um processo de aculturação, moldou os padrões de organização familiar dos nativos da época, introduzindo um modelo em que a autoridade era do patriarca. Entretanto, ocorreram diversos acontecimentos no âmbito histórico e político que possibilitou uma modificação no conceito de família.       Posteriormente, com a Revolução Industrial, a demanda por mão  de obra nas fábricas aumentou consideravelmente. Episódio que abriu espaço para a emancipação feminina no ambiente industrial com o intuito de suprir a necessidade de produção enquanto os homens lutavam na Segunda Guerra. Fato que propiciou uma maior autonomia às mulheres em relação ao núcleo familiar e ao mercado de trabalho.     Atualmente, vários arranjos familiares já estão sendo reconhecidos pelo Estado, no entanto, o preconceito, discriminação e até mesmo a violência contra modelos diferentes do "padrão" patriarcal ainda se mostram presentes na sociedade brasileira. Mediante a isso, movimentos sociais como, feministas e LGBT, buscam nesse cenário a equidade de direitos quanto à legitimidade de tais configurações perante a sociedade como um todo.       Torna-se evidente, portanto, que medidas são necessárias para resolver o impasse. Segundo Hellen Keller. "o resultado mais sublime da educação é a tolerância." Dessa forma, os professores e psicólogos poderiam promover palestras e debates sobre o tema para aos alunos nas escolas a fim de ressaltar o respeito às diferenças e diminuir os índices de preconceito. Além disso, o Ministério da Educação, juntamente com os meios de comunicação, deveria criar propagandas para conscientizar a população em geral sobre as formas de núcleos familiares. Por fim, o Ministério da Justiça deve instituir a aplicação de sanções e multas para aqueles que cometerem atos de violência física ou moral contra tais arranjos. Talvez assim, o Brasil possa ter uma sociedade que trate as diferenças de forma natural e com respeito.