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Enviada em: 15/05/2017

Em pleno século XXI, o preconceito ainda está enraizado na sociedade brasileira. Podemos dizer que é algo que faz parte da cultura desse povo, porque a criança aprende em casa "o que é certo" e "o que é errado", e dessa forma, acaba desrespeitando alguém porque aprendeu que a maneira com que determinada pessoa vive, não é correto. Na educação dada pelos pais, entra o conceito de família, em que muitos pais definem que se não for "homem, mulher e criança" não é família.     Foi lançado um projeto na Câmara dos Deputados por Eduardo Cunha, em que ele concorda justamente com essa definição, o que nos leva a questionar a atuação dos políticos. Esse projeto de lei vai de encontro à Constituição, que diz que todos os brasileiros devem ser tratados igualmente. Portanto, é cabível ao brasileiro, como às pessoas de qualquer nação, pensar que a qualquer momento, seus direitos podem estar sendo violados graças a ideias preconceituosas e --- na maior parte das vezes --- religiosas.     Os que defendem a forma tradicional de família, se justificam dizendo que é melhor para a criança, pois dois homens ou duas mulheres como figuras paternas, não exercem o papel necessário para uma boa educação. Eles também dizem que a criança, sendo filho --- mesmo adotado --- de pais homossexuais tendem a sofrer com discriminação nas escolas. Mas essa justificativa é embasada em casos exclusivos, e nesses, o agressor verbal foi criado com uma cultura preconceituosa. Religiosos, por exemplo, dizem que não vai de acordo com a lei de Deus e pensam que isso é motivo para desrespeito. Mas acabam se contradizendo, no momento em que é lembrado que Jesus amava a todos, sem restrição.     Não há como resolver de imediato esse problema. Mas a longo prazo, se mudarmos o que é ensinado em casa, ao encontro da educação das escolas, a cultura das sociedades irá mudar. Com isso, as pessoas serão mais tolerantes e viverão melhor, não por pensarem da mesma forma, mas por pensarem de forma respeitosa e humanitária.