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Enviada em: 12/06/2017

Na seguinte frase do filósofo Platão "Tenho irmãos, pai, mas não tenho mãe. Quem não tem mãe, não tem família." infere-se que núcleo familiar patriarcal necessita da imagem materna para completar-se, todavia, na contemporaneidade verifica-se uma pluralidade dos modelos constituintes de um lar, cuja imagem materna pode não estar presente.       Em contraste da Constituição de 1988(Que declara como família apenas a união entre homem e mulher ou um dos pais com seus filhos.) há o conceito de lar e família que são relacionados com topofilia, pois o sentimento de segurança, conforto e amor com o lugar são manifestados diretamente na experiência individual de vida das pessoas. O sentimento topofílico associado com determinado grau de parentesco é muitas vezes o principal argumento para legitimar o que é considerado como família no senso comum, no qual é considerado uma pluralidade de modelos familiares, por exemplo os modelos monoparentais, homoafetivos, nucleares,estendidos e compostos.       Atualmente, uma série de preconceitos com fundamento histórico ocasionam conflito, descaso e intolerância na sociedade brasileira contra os diversos arranjos de organização familiar pertencentes no Brasil, um exemplo de preconceito manifestado está no colégio quando um aluno que possui mãe solteira ou pais homossexuais é alvo de bullying e humilhação com a justificativa de ser anormal. Vale ressaltar que 50,1% dos lares brasileiros são formados por modelos familiares diferentes do modelo nuclear patriarcal, de acordo com uma pesquisa feita em 2010 pelo IBGE.       Diante de tal cenário, reforma legislativa para incluir todas organizações familiares no conceito de "família" na Lei é de extrema importância para combater e punir os atos de violências verbais, psicológicas e físicas que são feitas e muitas vezes a culpa é empregada na vítima por estar em um lar "diferente". As instituições de ensino precisam inserir e debater a importância do respeito com os indivíduos independente do seu arranjo familiar, através de aulas cotidianas e palestras e assim promover o fim gradativo da intolerância à diversidade.