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Enviada em: 30/06/2017

Todo indivíduo necessita de uma base familiar para ser inserido na sociedade da qual passará, desde o nascimento, a fazer parte. Faz parte desse processo, adquirir hábitos comuns e necessários para a sobrevivência, além de receber amor, carinho e compreensão para que também haja o desenvolvimento psicológico. A nova composição familiar, diferente da anteriormente caracterizada como correta principalmente por conta do alto poder de convencimento da Igreja Católica em seu momento de crescimento na Idade Média, ainda favorece a adoção de crianças que em muitos casos são abandonadas pelos pais biológicos ou que por alguma tragédia perderam-os.       Mãe ou pai solteiros, casais homossexuais ou adeptos do poliamor, seja como for a composição familiar, o princípio básico dessa união é criar um ambiente solidário e amoroso. Além disso, o requisito para ter filhos, como salienta Marcos Piangers, escritor do livro "Papai Pop", é, primordialmente, o afeto. Ademais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), casais gays ganham mais que os casais heterossexuais. E, como são eles também os responsáveis por grande parte das adoções, pode-se afirmar que, com esse núcleo familiar, além de retirar uma criança de situações de risco social, como a fome nas ruas ou a depressão com a falta de assistência pessoal nos orfanatos e dar-lhes novas perspectivas de vida, criam-os dentro de uma sociedade aceitadora das diferenças.       Durante a Idade Média, principalmente para o catolicismo, era de suma importância que os fieis vivessem de acordo com dogmas e para a instituição cristã. Infelizmente, já no século XXI, conceitos como o de família ainda não foram revistos por tais entidades. Hoje, essas leis religiosas vêm perdendo a força, como a castidade até o casamento e, até mesmo, aos poucos, o conceito de núcleo familiar. Porém, regras que transcendem séculos, deixam cicatrizes que precedem os "tabus", assuntos inabordáveis que, por sua vez, geram preconceitos e discriminação, como vemos hoje, por exemplo, com o que ocorreu em Curitiba com um casal homoafetivo que teve a fechadura da casa para qual estavam mudando trocada pelos vizinhos que não queriam aquela realidade ali.       Em síntese, para reduzir o máximo possível a problemática, o Governo Federal por meio do Supremo Tribunal Federal vetar qualquer projeto que fira a dignidade desses núcleos familiares, como prejuízos no caso de necessidade de pensão por morte ou divórcio, ou ainda compartilhamento de planos de saúde, por exemplo. Além disso, as mídias sociais devem investir em novelas que retratem a realidade da sociedade atual, assimilando esses novos conceitos na vida dos brasileiros. E, a sociedade deve votar de acordo com desejos políticos, evitando misturar a vontade religiosa, pois a história deixou evidente que tal mistura não acarreta boas resoluções para os problemas sociais.