Materiais:
Enviada em: 21/07/2017

O patriarcalismo e o conceito de família no Brasil     É indiscutível a existência da intolerância aos novos conceitos de família no Brasil. Isso vem se mostrando não apenas pela formação patriarcal da sociedade brasileira, mas, principalmente, pelo o aumento do preconceito em relação às novas formas de estruturação familiar.       Desde o século XVI, a nação brasileira veio se cristalizando com a consciência de que o núcleo familiar era formado por pai, mãe e filhos. Nesse sentido, as novas constituições, não apenas as de 1824, 1934, mas também a constituição cidadã, de 1988, são reflexos nítidos da influência patriarcal; uma vez que tais documentos representam momentos políticos distintos, porém, com uma mesma visão em relação à formação do núcleo familiar, ou seja, a união de dois indivíduos de gêneros diferentes.     Ademais , é importante ressaltar o aumento da descriminação, sobretudo, em relação aos casais gays. Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, existe uma falta de solidez nas relações sociais contemporâneas. De forma análoga, podemos observar que protestos, manifestações e o crescimento dos processos jurídicos envolvendo descriminação são efeitos da fragilidade das relações entres os cidadãos do Brasil pós moderno.   Torna-se evidente, portanto, que a intolerância à diversidade da organização familiar é grave e precisa ser sanada. Ao Poder Jurídico, cabe a realização de um plebiscito para uma futura modificação constitucional do conceito de família. A mídia, quarto poder, deve abordar a questão mostrando às pessoas a importância do respeito e compreensão das escolhas do próximo. A escola, instituição formadora de valores, junto às ONGS, deve promover palestras aos pais e alunos para que possam discutir o assunto de forma clara e eficaz. Dessa forma, diminuiremos tal preconceito ainda tão presente na sociedade.