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Enviada em: 20/08/2017

Gilberto Freyre, em sua obra Casa Grande e Senzala, descreve o modelo da típica família patriarcal brasileira que, atualmente, vem sofrendo constantes modificações que originam uma diversidade de constituições familiares. Muito se discute sobre o papel social que deve ser ocupado pela família e sua representação para a sociedade visto que em pleno século XXI, o conceito de família se mostra totalmente dinamizado.       Nesse contexto, observa-se a existência de uma nova constituição familiar, com uma forma contemporânea e sem um padrão pré-definido, onde os laços afetivos tornam-se a característica principal. Exibindo heterogeneidade e provocando o estranhamento de grande parcela populacional ao representar uma mudança nos valores da sociedade, as famílias mesclam cultura, gêneros e idades, estimulando a convivência com a diversidade, a tolerância e aceitação da diferença, buscando romper estereótipos e preconceitos.       Outro fator existente é a inserção da mulher no mercado de trabalho, que gerou uma diminuição da taxa de fecundidade ao permitir um maior acesso aos meios de informações e aos métodos contraceptivos. Ademais, a rotina diária e cansativa de trabalho diminui o tempo disponível, levando muitas pessoas a deixarem os filhos com babás, que acabam por fazerem o papel dos pais.       Ainda convém lembrar que o custo de vida para se manter uma criança é muito elevado, o que favorece o aumento do número de abandonos em orfanatos. Assim, com a legalização da união de casais homoafetivos, muitas crianças passam a receber uma segunda chance de serem parte de uma família, por meio da adoção. Portanto, as escolas estão se adequando a novas configurações, extinguindo do calendário datas comemorativas, como o dia dos pais e o das mães, a fim de não constranger as crianças, reduzir os prejulgamentos e se adequar às novas configurações de família.       Sendo assim, as escolas devem transmitir aos alunos a diversidade de modelos familiares existentes atualmente, suas importâncias e como contribuem positivamente para a sociedade, por meio de palestras e projetos pedagógicos. Em adição, os meios de comunicação de massa podem transmitir preceitos de igualdade e inclusão, visando a garantia do bem-estar social de todos os indivíduos, através de propagandas e documentários. Por último, a sociedade pode criar ONGs que visem o desenvolvimento de um processo de desnaturalização, rompendo com a ótica popular da existência de um padrão familiar pré definido. Isso pode ser feito por meio de conferências e da distribuição de panfletos que incentivem a prática do respeito e da tolerância para com o próximo.