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Enviada em: 20/08/2017

É possível perceber como, no decorrer das décadas, o conceito de família vem sofrendo mudanças. Enquanto no passado a unidade familiar se estruturava como uma instituição patriarcal, com a união entre um homem e uma mulher com filhos, observa-se, no presente século, maior variedade de configurações, dentre elas, uniões homoafetivas, pais solteiros e mulheres à frente das decisões familiares.   Uma grande mudança ocorrida no século XXI é o aumento do número de famílias em que a mulher representa a principal fonte de sustento e renda da casa. Um fator que possibilita tal acontecimento é a inserção dessa no mercado de trabalho, tendo em vista que, em séculos passados, sua única função era trabalhar como dona de casa e cuidar dos filhos e, dessa forma, sendo financeiramente dependente do marido. Com a possibilidade de ganhar sua própria renda, assim, a figura feminina ganha nova significação dentro do núcleo familiar.   Apesar dos avanços ideológicos com relação à variedade de estruturas familiares na sociedade, contudo, muitos indivíduos ainda negam os novos tempos, movidos por preconceitos. O Estatuto da Família de autoria do Deputado Anderson Ferreira não reconhece como família núcleos sociais se não formados pela união entre homem e mulher. Casais homoafetivos, então, vêem-se excluídos, apesar de, muitas vezes, serem aqueles que adotam crianças rejeitadas por casais heteroafetivos por não serem brancas ou não atenderem a certos padrões estéticos.   Tendo em vista o atual quadro em que se encontram as classificações familiares, ainda é necessário extinguir o preconceito para com famílias que se afastem do conceito tradicional. Para isso, é necessário que as escolas, desde o Ensino Fundamental, palestras a respeito dos diferentes tipos de unidades familiares. É preciso, também, que a mídia utilize propagandas que mostrem essas novas configurações com naturalidade. Com esse esforço, é possível gerar aceitação sobre todo tipo de família.