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Enviada em: 23/08/2017

As famílias tradicionais são aquelas formadas por um homem e uma mulher que geram filhos, o que se tornou padrão para a sociedade ao longo dos séculos. Nesse contexto, é possível notar que o século XXI é marcado por novas constituições familiares que lutam contra o preconceito diariamente. Isso ocorre não só pela falta de reconhecimento, mas também devido à dificuldade de romper com os laços culturais da família tradicional.   Paralela as transformações nas estruturas econômicas que resultam em pobreza e desemprego, os arranjos familiares também enfrentam uma mudança radical. À vista disso, o casamento, entre homem e mulher, tem se tornado mais fraco uma vez que as mulheres têm rejeitado as relações patriarcais. Seguindo esse parâmetro, ocorre uma mudança em direção às famílias mistas, como por exemplo famílias gays e lésbicas, o que torna o reconhecimento sobre essas novas instituições sociais fundamental para a garantia do bem-estar e harmonia da sociedade. A anomia social, segundo o Émile Durkheim, é caracterizada pela ausência de normas sociais de uma sociedade ocidental moderna e individualista, que não sabe lidar com as novas formas de organização das relações sociais. Como consequência, tem-se a proliferação de ações desumanas e preconceituosas contra essas famílias.   O casamento heterossexual sempre foi visto como padrão de família para a sociedade, o que fez com que as outras formas de relacionamentos se tornasse um tabu para a pessoas. De fato, a falta de conhecimento e a existência de uma raiz preconceituosa profunda acerca desse tema cria uma falsa ideologia para os indivíduos de que essas famílias mistas não seriam dignas de constituir um lar. Tal afirmação é justificada no processo de adoção de crianças por pais homoafetivos ou praticantes de poliamor, no qual os casais enfrentam dificuldades para concluir o ato devido aos intensivos processos burocráticos que estão submetidos. Tudo isso acarreta a persistência da dificuldade de inserção social desses novos arranjos familiares no quadro de realidades brasileira.    Diante do exposto, é perceptível que a concepção de família no século XXI se transformou e necessita se reconhecida pela sociedade. Sendo assim, faz-se necessário que a instituição não governamental Conar crie políticas para que a mídia trabalhe com divulgações que mostrem os novos conceitos de família, como por exemplo propagandas vinculadas à laços familiares com fotos e vídeos de todo tipo de relação social, a fim de reduzir as discrepâncias e desigualdades existentes e criar uma sociedade mais harmonica e menos individualista. Cabe também a Unicef intensificar seu apoio aos jovens e crianças do país, exigindo a entrada de psicólogos nas escolas, com o intuito de que as crianças tenham o acompanhamento necessário para lidar com o preconceito que persiste nessas instituições.