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Enviada em: 01/09/2017

Na época do Realismo foi produzida a obra "Memória Póstumas de Brás Cubas", em que o protagonista se orgulhava de não ter gerado descendentes, porque não deixou herdeiros de suas características danosas. Hoje, esse é apenas um dos novos moldes familiares. Entretanto, essa realidade não é plenamente aceita. Isso ocorre, principalmente, devido a aspectos governamentais e midiáticos.    Em primeiro lugar, a legislação é fraca no que diz respeito à proteção dos núcleos sociais contemporâneos. De fato, não há um estatuto que atue na defesa dos direitos dessa categoria no cenário brasileiro. Uma situação na qual fica evidente esse descaso é que não há o dia da família no calendário cultural. Isso gera  a ideia de que essas novas configurações de parentesco  são insignificantes e que não merecem respeito.    Outra questão é a invisibilidade desses grupos nos canais de comunicação. Indubitavelmente, as atuais relações quando são mostrados, geralmente é num tom cômico ou de forma superficial. Uma ilustração disso é que a relação de coparentalidade, em que duas pessoas só têm como laço afetivo o filho, ainda não foi abordada numa grande novela brasileira. Consequentemente, a população não entende a seriedade do assunto e esteriotipa, ainda mais, os novos núcleos sociais.    Fica claro, assim, que para o conceito de família ser melhor aceito é preciso alterar alguns fatores. Primeiramente, é necessário que o governo aprimore as leis que abordam a questão familiar, fazendo com que os desrespeitos contra esses grupos sejam punidos. Ademais, a mídia pode criar novelas, séries e campanhas que abordem de forma realista os novos núcleos familiares. Desse modo, a problemática seria combatida.