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Enviada em: 01/09/2017

“Família! Família! Papai, mamãe, titia (...). Almoça junto todo dia, nunca perde essa mania”. A música do grupo Titãs faz modelo nuclear de família, que durante os séculos anteriores foi considerada como a única aceitável. Entretanto, na contemporaneidade, o conceito de família adquiriu novas maneiras, como a união de casais homoafetivos e mães solteiras, perdendo vínculos com o conservadorismo de sociedades mais arcaicas e tornando-se mais homogênea e resiliente às mudanças.          A homossexualidade no Brasil ainda é mal vista pela sociedade, principalmente no Nordeste, que possui vínculos fortes com as tradições conservadoras. No entanto, a união de casais do mesmo sexo ao longo dos tempos veio conquistando os mesmos direitos de casais heterossexuais, como os de união estáveis e de adoção de crianças. Ainda assim, o preconceito faz-se presente, seja pelas instituições religiosas quanto pela própria sociedade. Dessa forma, em muitos casos, a possibilidade de adoção de crianças torna-se muito mais complicado sobre as questões jurídicas, dificultando o acesso desses menores de possuírem uma qualidade de vida melhor.        Outrossim, o número de mães solteiras aumentou consideravelmente do século anterior para o século atual, considerando assim, também, novos modelos de família. O emponderamento da mulher está intrinsicamente ligado à ascensão do capitalismo, trazendo assim, mais possibilidades para o aumento da sua independência, tendo em vista que durante os séculos passados a mulher precisava ser casada para obter respeito na sociedade. Não obstante, essa independência pela classe feminina ainda enfrenta desafios, seja pela aceitação social quanto pelas dificuldades e faltas de acessibilidade no mercado de trabalho.         Dado isso, a forma na qual as novas configurações de família se encontram, é desigual em relações as mais tradicionalistas e, por isso, mudanças fazem-se urgentes. Segundo o sociólogo contratualista Thomas Hobbes, é dever do Estado garantir harmonia social. Diante disso, o governo deve agir com regras mais flexíveis em relação à adoção de crianças, fazendo assim, com que mais crianças tenham a oportunidade de ter uma família, independente da sexualidade dos seus pais. Além disso, garantir leis que beneficiem essa classe, assegurando-as de que não passem por desamparo. Concomitantemente, por meio da mídia, divulgar campanhas sobre a aceitação desses novos moldes familiares, principalmente nos meios escolares, desde o primário até ensino fundamental, tendo como base o respeito e solidariedade para com os indivíduos. Assim, garantindo uma sociedade coesa e mais ampla para todos.