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Enviada em: 07/09/2017

Plural. É dessa forma que a família contemporânea pode ser caracterizada. Os tempos de "papai, mamãe, titia" parecem ter ficado somente na música dos Titãs. Entretanto, ainda há muito que se discutir pois, mesmo que não existam dúvidas quão diversa é a composição familiar brasileira, o conceito geral do Habbitus Primário restringe-se apenas a homem, mulher e sua prole.       A princípio, é valido ressaltar que essa definição, além de preconceituosa, afeta diretamente os casais homoafetivos. Ao não reconhecer relacionamentos homossexuais como família, são ignorados os direitos já conquistados pela comunidade LGBT, tais como herança, guarda dos filho e parceria em planos de saúde. Desse modo, é anulada toda a história de luta - e vitórias - em prol da igualdade sexual.       Ademais, a imagem engessada de família também atinge as mulheres não casadas. Segundo o IBGE, as mães solo ocupam mais de 15% dos lares brasileiros. Ainda assim, suas famílias são consideradas incompletas. Prova disso é que, embora a decisão de ter filhos não dependa de estado civil, a sociedade constantemente as chama de "mães solteiras".       Fica claro, portanto, que o molde familiar brasileiro é limitado em detrimento da diversidade de lares existentes. Logo, medidas precisam ser tomadas a fim de solucionar o impasse. Nesse caso, o papel da mídia se faz indispensável. Como veículo de massa, pode levar a discussão do tema à sociedade por meio de propagandas e novelas. Além dessa, a escola também deve conscientizar as novas gerações através de palestras e campanhas. Mudar o conceito familiar é um processo longo, mas é preciso que se dê o primeiro grande passo.