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Enviada em: 28/09/2017

No universo da  Masha e o Urso, uma série de desenho animado russa, uma criança e um urso vivem harmonicamente em um lar. O urso, por sua vez, assume o papel educador e fornece todo suporte necessário para o bom funcionamento e crescimento da pequena. Fora da ficção, novas configurações de família estão se formando, por motivos diversos, longe do padrão patriarcal e religioso.    De início, é importante entender que, anterior às primeiras noções de família, era comum ter agrupamentos contendo indivíduos que não necessariamente eram consanguíneos, mas compartilhavam afazeres entre si e prezavam a diversidade. Séculos depois, o formato de família tornou-se predominantemente nuclear, uma vez que, o papel da mulher era meramente maternal e o laço matrimonial era arranjado ou forçado pelos pais. Contudo, no mundo pós moderno, a garantia do direito ao divórcio, lei nº 6.515/1977, e a ampliação dos direitos para a comunidade LGBT, como a adoção de crianças e o casamento civil, contribuiu para a formação de novas famílias e a necessidade de se criar um novo conceito para essa categoria.   Nesse sentindo, em 2016, um relevante avanço foi concretizado para que seja possível viver em cidadania, respeitar a diversidade e, sobretudo, a liberdade individual. O termo em questão, foi redefinido pelo dicionário Houaiss e passou a ser compreendido como um núcleo social de pessoas unidas por laços afetivos, que geralmente compartilham o mesmo espaço e mantêm entre si uma relação solidária. É possível concluir, portanto, que para constituir uma família, a legalidade jurídica ou religiosa, torna-se opcional, enquanto que o afeto e o amor contido nesse meio, assumem as principais exigências para se integrar à essa nova configuração. Todavia, apesar dos inúmeros casos, existem segmentos sociais que não compactuam com essa nova perspectiva e, como sugeria Darwin, é fundamental que esses indivíduos se adaptem para essa realidade.    Tendo em vista o que foi mencionado, nota-se, dessarte, a plasticidade da definição de família ao longos dos anos e da necessidade de novas ações para efetivar esse progresso. Assim, é preciso que as instituições de ensino, principalmente fundamental, promova discussões com a presença dos responsáveis pelos alunos, a fim de questionar a necessidade da comemoração do dia dos pais e das mães, dado que, as famílias apresentam grande diversidade. Além disso, as emissoras de televisão devem continuar tratando e explicitando as diversas formas de família através das novelas, para que a sociedade civil se habitue e perceba toda a questão que permeia o seio familiar e as suas variações.