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Enviada em: 11/09/2017

Família, núcleo social de pessoas unidas por laços afetivos que podem ou não compartilhar o mesmo espaço físico. Essa é a nova definição de família apresentada pelo dicionário Houaiss, que reforça a ideia de que o conceito dessa instituição passa por uma importante mudança. Convém salientar que essa ''ressignificação" é de indubitável relevância para promoção de uma reflexão acerca da temática, em uma sociedade brasileira que, infelizmente, é ainda muito conservadora e preconceituosa. Já que cabe a população respeitar, principalmente, os direitos civis de cada pessoa e acompanhar a evolução do código legislativo que visa atender a singularidade de cada ser humano.     Em uma primeira análise, cabe pontuar que a Declaração Universal dos Direitos Humanos, publicada em 1948, defende que todos os indivíduos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Ou seja, cada ser humano possui os mesmos direitos que seus semelhantes, então como poderiam atribuir que um pode ter família e o outro não? Ademais, cabe frisar que família não é matrimonio, e sim amor. Como a música da banda Rappa destaca, família é quem se escolhe para viver, não precisa ter laços sanguíneos e sim sintonia. Vale ressaltar que toda e qualquer pessoa possui o direito, como ser singular, de ter e participar da instituição família.     Comprova-se isso por meio da constante evolução que o código legislativo passa para conseguir acompanhar e respeitar a singularidade de cada ser humano. A transformação das leis pode ser percebida quando se compara o Código civil, de 1916, que iguala família a matrimonio, à decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STF), em 2011, que reconhece o casamento homoafetivo. Além disso, logo mais tarde, em 2015, o STF confere o direito de adoção a esses casais. Dentro dessa ótica, vale afirmar que apesar de possuir uma, grande parte da, sociedade mantedora de pensamentos arcaicos, o bem-estar social está progredindo, gradualmente.      Destarte, medidas são necessárias para atenuar a problemática. É imprescindível que a, escola, enquanto instituição socializadora promova palestras, workshops e projetos, mensalmente, para que a diversidade seja sempre ensinada e respeitada. E isso não apenas no âmbito familiar e escolar mas, principalmente, no âmbito social. Somado a isso, torna-se evidente a importância da participação do Ministério da Educação na distribuição, mais intensiva, de livros como ''Cada família é de um jeito'',da autora Aline Abreu, para a promoção do saber da existência de inúmeras formas de família. Do mesmo modo, é indispensável o compromisso da mídia nessa causa, já que compete a ela enfatizar o papel fundamental do respeito em um bom convívio social, como nas universidades, shoppings, condomínios, e entre tantos outros.