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Enviada em: 22/09/2017

Durante milhares de anos, o conceito de família esteve ligado à religião, sobretudo às monoteístas. Entretanto, a partir da segunda metade do século XX, esse paradigma modificou-se significativamente. No Brasil, especialmente no século XXI, por exemplo, a definição desse núcleo familiar foi ampliado, possibilitando que casais do mesmo sexo, além de unirem-se legalmente, pudessem adotar crianças. Apesar do avanço, percebe-se, infelizmente, a persistência do preconceito a esse grupo. Ademais, por conta da deficiente atuação tanto das escolas e famílias quanto da negligência do Estado, tornou-se imprescindível encontrar soluções para resolver esse impasse.        Primeiramente, ressalta-se que a intransigência às famílias homossexuais dificulta o processo de socialização dos indivíduos. Na Idade média, se algum cidadão fosse flagrado relacionando-se com outro do mesmo sexo,  sofreria não só penas brutais,como também seria excomungado, afastando-se da pólis.Já no Oriente Médio, dependendo da cultura dos povos, a punição poderia resultar na morte do acusado. Por outro lado, no país brasileiro, embora a Constituição de 1988 conceda alguns direitos,como o casamento legalizado,  a carta magna ainda não conseguiu eliminar o preconceito direcionados às famílias divergentes das tradicionais.Com isso, muitos brasileiros sofrem diariamente com piadas e brincadeiras maldosas, as quais fazem emergir o sentimento de impunidade, podendo contribuir para o surgimento de doenças, a exemplo da depressão.     Émile Durkheim,sociólogo francês, afirmava que em uma solidariedade orgânica, para haver harmonia, cada parte do corpo social teria de cumprir sua função, a fim de que não ocorresse uma patologia social. Contudo, nota-se que essa tese não vem sendo cumprida, visto que a maioria das famílias e escolas não têm ensinado a prática do respeito. Tal realidade constata-se com a violência simbólica, a qual se dá por sanções, atitudes e olhares reprovativos, fazendo com que os indivíduos afetados sintam-se incapazes de mudar essa situação.Outrossim, devido grande parte da população pertencer a alguma religião e , dessa forma, não reconhecer outro formato de família, a repressão contra atitudes preconceituosas é insuficiente.        Evidencia-se, portanto, que o conceito de família foi modificado, todavia, precisa ser aceito por todos. Nesse sentido, cabe ao Ministério da Educação em parceria com as instituições escolares, por meio de palestras e aulas, atuem atue tanto nas escolas quanto nas comunidades, sensibilizado as pessoas a respeitarem os diferentes modelos de famílias, com o objetivo de que todos sigam o princípio de isonomia. Some-se a isso, a atuação do Poder legislativo , por meio da criação de novas Emendas, no sentido de aumentar  a rigorosidade da pena a quem discriminar qualquer tipo de núcleo familiar, para que o sentimento de impunidade seja minimizado. Só assim teremos uma sociedade mais justa.