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Enviada em: 25/09/2017

O Código Civil, de 1916, época onde prevalecia o patriarcalismo institucional, considerava família um agrupamento originado através do matrimônio. Hoje, família é sinônimo de pluralidade e obtém-se tal amplitude na Constituição Federal de 1988, onde ficou caracterizada por todo e qualquer grupo de pessoas que se consideram familiares. Porém, há uma problemática no que tange os direitos e a aceitação social de certos grupos. Sendo assim, o preconceito se firma na sociedade brasileira.      É importante salientar, que apesar da diversidade existente no conceito familiar, ainda há, por parte da sociedade uma grande dificuldade em respeitar determinadas formações. A partir daí, o preconceito se instala e gera grandes transtornos. Prova disso, é o que ocorreu em São Paulo quando um adolescente de 14 anos foi morto por ser filho de um casal homossexual. Fatos de intolerância são comuns no dia a dia e afetam toda a população, muitas crianças são vítimas de bullying nas escolas por conviverem em um grupo familiar diferente do tradicional imposto pelos padrões sociais.     Ademais, apesar de mudanças ao longo dos anos, o Brasil recentemente apresentou um retrocesso quando a Comissão especial que discute o Estatuto da Família aprovou o projeto que define grupo familiar como a união entre homem e mulher. No entanto, em uma enquete realizada no site da Câmara, 53% das pessoas concordam com a definição. Dessa forma, pode-se notar a dificuldade do coletivo em acolher as novas composições.   Fica evidente, portanto, a necessidade de abordar o assunto a fim de combater o preconceito. A escola, como agente socializador deve realizar com os alunos palestras e debates que os instruam a ser tolerantes. O governo em parceria com a mídia, deve atuar em campanhas para conscientizar um maior grupo de pessoas, sob a nova perspectiva de família existente no século XXI, já que o que difere as famílias é bem mais que o endereço.