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Enviada em: 14/09/2017

Pai, mãe, filha, filho. Estas palavras podem ser combinadas de várias formas, dando-nos exemplos variados do que é uma família na atualidade. No Brasil, esta nova concepção está cada vez mais presente no cotidiano, compondo a sociedade. Entretanto, há dificuldades impostas no processo de aceitação desse novo contexto, a partir do pensamento preconceituoso e desinformado da população dita tradicional, de atitudes intolerantes.   Primeiramente, é notório o papel do corpo político como empecilho para que essa diversidade familiar seja compreendida e aceita. Baseados na herança patriarcalista, no conservadorismo e na cultura machista que paira sobre nosso país, políticos vem propondo, com certa constância, projetos de lei que visam a restrição do significado social de família. Essa limitação conceitual reverbera em vários âmbitos, podendo atingir tais famílias em fatores como a adesão de planos e serviços de saúde, pensões e outros direitos legais, afetando a qualidade de vida e a harmonia das próprias.   Ademais, as escolas, que deveriam ter a função de ensinar sobre esta variedade de núcleos familiares, negligenciam-no. Disciplinas como Sociologia, Biologia, Geografia e História, não anexam tal conteúdo em suas composições, que tem relação estrita com o tema. É observável, também, a ausência de tal temática em documentos norteadores do ensino, propostos pelo Ministério da Educação, contribuindo para a displicência do assunto. Os discentes, por falta de contato com a questão da diversidade familiar, acabam por proporcionar a manutenção do preconceito e a desinformação, formando um ciclo prejudicial.   Assim, faz-se necessária um conjunto de ações visando a quebra de valores tradicionalistas e preconceituosos que excluem as novas formas de família da atualidade. Primeiro, cabe aos deputados e senadores educarem-se, de maneira a conhecer de forma real a sociedade que eles representam e proporem medidas condizentes com as necessidades desses cidadãos. É função da escola propor e debater o tema da diversidade familiar, quebrando paradigmas e estabelecendo tolerância.