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Enviada em: 25/09/2017

Reformulação dos laços     A família é um grupo de pessoas formado pelos seus ancestrais, ou com interesses em comum ligados por laços afetivos. Na época Vitoriana, em meados do século XIX, a constituição familiar era determinada pelo pai, a mãe e os filhos. Entretanto, essa estrutura mudou e hoje encontra-se reformulada e com grande capacidade de adaptação, embora ainda não seja aceita por muitos. Isso ocorre devido ao retrocesso governamental pelo qual o país vem passando e pela resistência da sociedade em aceitar novos conceitos.    É inegável que o embate entre as definições de parentesco novas e antigas sejam impulsionadoras de discursos intolerantes. Para Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado. Analogamente, observa-se como as recentes decisões do Supremo Tribunal Federal em relação ao conceito de família, como sendo composta somente por pai, mãe e filho, rompe com o equilíbrio aristotélico uma vez que, produz um pensamento arcaico, generalizante e dotado de preconceito e intolerância. Desse modo, fica evidente um retrocesso na sociedade e a exclusão de diversos núcleos familiares fora do padrão.     Outrossim, a reformulação dos laços que unem as pessoas, muitas vezes, é visto de maneira equívoca. Segundo Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de uma sociedade agir e pensar. Nesse contexto, a desinformação acerca dos novos conceitos gera uma falsa ideia de instabilidade e esse pensamento se propaga na população sendo passado de geração à geração, constituindo assim um fato social à medida que, a falta de conhecimento e uma mente limitada pelo preconceito, impedem o indivíduo de praticar a tolerância frente à diversidade. Assim, nota-se como a resistência da sociedade mediante novas configurações familiares representa um problema.    Entende-se, portanto, que o conceito de família no século XXI muito se alterou e enfrenta diversos obstáculos para ser aceito. Para atenuar o problema, é preciso que o Legislativo pare de produzir discursos de ódio entre seus componentes e crie leis que punam, por meio de multas, todos que desrespeitarem os direitos sociais, além de aplicar campanhas junto às redes sociais com mensagens positivas e de incentivo a tolerância e ao respeito mútuo. Dessa forma, será possível restaurar o equilíbrio aristotélico