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Enviada em: 20/09/2017

Quando o assunto são laços afetivos algumas imagens logo ganham forma na mente. E, sem dúvida, uma das mais recorrentes é a ideia de família. Entretanto, o que é uma família? Segundo um projeto de lei, a definição do termo engloba apenas a união estável entre um homem e uma mulher, deixando de fora diversas outras estruturas familiares, ainda que essas carreguem o mesmo, e por vezes até mais, amor do que as tão respeitadas tradicionais.       Dessa forma, fica evidente o quão vivo ainda está o preconceito no Brasil. O país da diversidade parece não saber lidar com as diferenças. Em pleno século XXI, é demasiadamente difícil acreditar que milhares de pessoas julgam a estrutura de uma família mais importante do que o sentimento que a mantém unida. Os casais héteros que abandonam ou maltratam os filhos são cobertos pelo discurso utópico de família conservadora perfeita. Enquanto isso, casais homoafetivos que adotam uma criança com todo o amor têm o valor desse relacionamento diminuído por uma discriminação sem base alguma. O grito do ódio acaba por sufocar a súplica do amor.       Nesse contexto, é válido refletir a respeito da origem desse julgamento errôneo. Afinal, parafraseando o revolucionário Nelson Mandela, ninguém nasce odiando alguém, e se é possível ensinar a odiar, também pode-se aprender a amar. E é a partir da informação e da educação que, aos poucos, os valores vão se alterando e a sociedade se moldando para um futuro melhor e mais igualitário.        Sendo assim, é necessário que o Governo, juntamente com ONGs e grupos ativistas, realizem campanhas de conscientização dotadas de depoimentos das mais variadas organizações de família, veiculadas nas grandes mídias e até mesmo espalhadas pela cidade. Além disso, palestras com profissionais da área da psicologia podem ser oferecidas nas escolas, a fim de que a nova geração conduza o país rumo ao respeito sem distinções.