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Enviada em: 16/10/2017

No Realismo, as obras literárias retratavam a realidade da sociedade daquele tempo, na qual os casamentos eram forjados por dinheiro e ascensão social. Hoje, no entanto, o paradigma de família perfeita vem se modificando, e o estereótipo de mãe, pai e filhos como o único núcleo familiar deixou de ser um conceito concreto. Nessa perspectiva, medidas são necessárias para que o preconceito presente no corpo social acabe e ações políticas enfatizem essa nova concepção.        Em primeiro plano, é preciso ressaltar que existem variados tipos de famílias que, infelizmente, encontram problemas de preconceitos devido a visão conservadora de uma parte da sociedade. Na atualidade, encontrar pais ou mães solteiros é comum, ou até mesmo casais homoafetivos com filhos, entretanto, a visão equivocada dos conservadores faz com que a intolerância surja, significando um retrocesso para a população; um exemplo disso foi o ocorrido em São Paulo com um jovem de 14 anos, que foi agredido por ser filho de um casal gay.  Assim, fica evidente que em um país tão plural como o Brasil, ter pessoas que acreditam que não fazer parte do tradicional é sinônimo de errado, é um grave impasse de cunho social que precisa ser combatido.           Por outro lado, é necessário analisar como as medidas políticas influenciam no conceito de família no século xxi. Recentemente, na Câmara dos Deputados, foi discutido sobre o Estatuto da Família, que prevê esse núcleo somente aqueles formados por um homem e uma mulher com filhos, mostrando assim, a raiz dos preconceitos, levando em consideração que quando uma medida política é discutida, reflete diretamente nas opiniões sociais, fazendo com que, em relação à esse assunto, a intolerância aumente. Logo, cabe ao Governo reconhecer a variedade familiar, já que o quê constitui esse núcleo é o amor e o respeito, podendo haver em qualquer grupo de pessoas.                  Fica claro, portanto, que medidas para que a família da atualidade seja reconhecida devem ser discutidas e colocadas em prática. A mídia, por meio da internet, deve lançar campanhas a fim de erradicar o estereótipo tradicional, mostrando que todos os tipos são normais e, que a família é uma instituição social que muda ao decorrer da história, que merece ser valorizada e respeitada. O Governo deve reformular o conceito, mostrando a pluralidade dos tipos de famílias e, ainda, punir por meio do Poder Legislativo, aqueles que usam da violência para disseminar suas ideias. Assim, todos os tipos de núcleos familiares serão reconhecidos.