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Enviada em: 07/10/2017

Segundo a nova definição do dicionário Houaiss, família é o núcleo social de pessoas unidas por laços afetivos, que geralmente compartilham o mesmo espaço e mantém entre si uma relação solidária. É possível afirmar que o conceito de família não é composto somente de famílias tradicionais, como também famílias monoparentais e homoafetivas. Nesse sentido, percebe-se, uma nova concepção de família.   Apesar das visíveis mudanças, o conservadorismo ainda é latente na sociedade. Por trás do famoso "respeito, mas não acho certo", perpetua-se o preconceito. Essa visão arcaica do modelo familiar, colabora com o aumento da intolerância, que exclui famílias não clássicas. Essa exclusão que pode ocorrer de forma zelada, ou, como na maioria das vezes, de forma escancarada, podendo até mesmo gerar violências.    Ademais, mesmo com o aumento da liberdade na sociedade, e das novas configurações sociais, existem limitações. Não há igualdade jurídica e nem leis que ampliem o conceito de família. Em 2015, a comissão especial que discute o Estatuto da Família na Câmara dos Deputados ,aprovou a definição de família como sendo a união entre homem e mulher. Isso é totalmente paradoxal, já que existem diversos tipos de famílias, como, eudemonista, homoafetiva, anaparental, unipessoal e muitas outras, afinal, toda forma de amor familiar seja ela qual for, é válido.    Fica evidente, portanto, que ainda há muito que avançar nas discussões sobre a representatividade da instituição familiar. Nesse sentido, faz-se necessário, que o Estado, juntamente com o Poder público, deve elaborar leis que assegurem os direitos de famílias não tradicionais. Além disso, o Ministério da Educação, aliado as escolas, deve promover campanhas sobre diversidade, respeito e integração, para que não haja discriminação. Só assim, haverá uma mudança na perspectiva sobre o conceito de família no século XXI.