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Enviada em: 02/10/2017

Ao analisar o Dicionário Houaiss em sua nova edição, verifica-se a definição de família como o grupo de pessoas que convivem sob o mesmo teto independentemente do modelo convencional "pai-mãe-filho". Tal alteração de significado compreende  as novas configurações familiares existentes, abrangendo quaisquer relações entre pessoas de sexo oposto e de mesmo sexo. Concomitante a esta formalização, constata-se o conflito dessa aceitação por uma parcela da sociedade gerando a fobia das famílias reafirmadas pelo novo conceito. Em paralelo, ocorre no Senado e na Câmara, a tramitação de uma série de leis reafirmando direitos constitucionais igualitários.     Em função do novo conceito, há a questão da aceitação e respeito mútuo entre estas famílias não tradicionais e diversos setores conservadores e religiosos. A evolução do conceito, de fato, pode ser vista pela ótica de Darwin onde "a evolução não é finalista". Assim, o conceito de família se adapta aos moldes da sociedade atual e pode continuar sendo modificado em função de novas reorganizações sociais.    O filósofo Aristóteles definiu:"a base da sociedade é a justiça", portanto há a necessidade de mobilização e intervenção  de diversos setores no intuito de solucionar essa discrepância entre os indivíduos detentores de direitos. Questões como a guarda de crianças, direitos em convênios médicos e financiamento de casa própria são dificuldades encontradas pelas famílias homoafetivas e maternidade e paternidade socioafetivas gerando desigualdade de direitos.     Contudo, medidas são necessárias à aceitação e à adequação dos indivíduos constituintes das novas famílias. Uma delas seria a criação de um Estatuto da Família e de aprovação de novas leis que tornam igualitários os direitos das famílias não-tradicionais. Campanhas midiáticas governamentais e palestras educativas nas escolas realizadas por psicólogos e psicopedagogos podem colaborar nesse sentido afim de reduzir fobias e conscientizar o conceito de família atual.