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Enviada em: 02/10/2017

Na obra “Modernidade Líquida”, o sociólogo Zygmunt Bauman defende que o individualismo é umas das principais características – e o maior conflito – da pós-modernidade. Nesse sentido, percebe-se que parte da população tende a ser incapaz de tolerar diferenças, e, consequentemente, surgem divergências de opiniões, sobretudo, entre os seres que defendem o conceito de família como conservador.            Em primeiro lugar, é importante destacar que o Código Civil de 1916, deixou enraizado no Brasil a família como matrimônio conservador. Entretanto, esse intelecto, nos tempos modernos, permeia os ideais dos líderes políticos que representam a sociedade no meio legislativo. Com isso, originam-se impasses no que se respeito à inclusão dessas famílias no patamar Civil. Ademais, a comissão na Câmara dos Deputados, referente a um projeto do Estatuto da Família, que considera família a união afetiva entre homem e mulher, sustentam essas divergências.             Outrossim, a Lei Maria da Penha, cujo objetivo é defender o gênero feminino, tem em seu artigo 5º um viés defender da união homoafetiva. Dessa forma, percebemos que a lei é aplicada independente da orientação sexual, e, sendo assim, observa-se a inclusão dos novos modelos de família na proteção física e psicológica asseguradas pelo Estado. No entanto, há muito que ser feito para quebrar essa ideologia conservadora, pois, além do legislativo, existem os paradigmas religiosos que impulsionam a sua exclusão.           Fica claro, portanto, que o primeiro impulso para findar com a ideologia conservadora, é o Estado tomar a frente na introdução dessa mudança. Faz-se necessário a criação de leis, por parte do legislativo, que visem incluir essas famílias no Estado Civil, e, especialmente, legalizar o casamento civil e a adoção de crianças em todo o país. Por sua vez o Governo Federal em parceria com mídia, grande formadora de opinião, devem criar campanhas que busquem um caminho possível para combater a rejeição à diversidade familiar e desconstruir no meio social o principal problema da pós-modernidade, segundo Zygmunt Bauman: o individualismo.