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Enviada em: 04/10/2017

A designação de família empregada na música dos Titãs - " papai, mamãe, titia"- já não é a única. Hoje, vê-se que há uma pluralidade de conceitos para designar os novos núcleos. Nesse sentido, é válido ressaltar que as novas configurações enfrentam desafios, significativos, nos campos ideológico e comportamental, haja vista que existe uma resistência por parte de muitas famílias conservadoras em aceitar os novos formatos. Dessa forma, urge analisar esse assunto, respeitando os direitos humanos.   Nesse segmento, têm-se as famílias tradicionais, monoparentais, recasamentos, uniões homoafetivas, entre outras. É inegável que durante vários séculos o conceito esteve voltado para o casal -homem e mulher- como peça chave na composição parental. Assim, muitos conservadores  acreditam que esse é o modelo único e ideal, por consequência, rejeitam os que estão fora deste padrão. Entretanto, as novas formas de relacionamentos exigiram modificações  no que se entende como modelo familiar e essas foram  fundamentais para difundir socialmente as várias formas de amor e de tolerância.   Em consonância, família é muito mais que uma relação de consanguinidade e hereditariedade entre pessoas. Pensar  dessa forma é ser simplista, reducionista e, até mesmo, preconceituoso, porque família é algo que vai muito além e deve ser entendida enquanto grupo social e unidade fundamental para que se tenha uma sociedade organizada e sólida, cumprindo, ela, o papel que há séculos vem desenvolvendo que é o da educação e formação básica de valores éticos e morais nos cidadãos que dela originam-se.   Portanto, é perceptível que o conceito de família modificou,mas a essência é a mesma. Sendo assim, difundir os novos laços, faz-se necessário para amenizar a intolerância e o preconceito que ainda perpetuam na sociedade, uma parceria entre organização não governamental e o Ministério da Cultura na elaboração projetos sociais que  dialogam e envolvam as comunidades são ideais para efetivação.