Enviada em: 04/10/2017

Instituições no Brasil atual       Ainda diante das transformações na sociedade pós-moderna, a intolerância em detrimento da diversidade persiste no Brasil. Dessa forma, vinculada a uma visão simplista, a concepção de família associa-se à dicotomia entre homens e mulheres. Assim, a permanência de valores tradicionais consolida o conceito excludente de família no século XXI.         Em decorrência da historicidade do país, os princípios da Inquisição do século XVIII tem forte influência na realidade brasileira atual. De maneira análoga, a configuração legítima de família é reduzida à normas da cultura clássica. Nessa perspectiva, mesmo com a presença da maior liberdade de expressão, a isonomia social limita-se em razão do poder político concebido a cada estrato da população.         Para além dessa premissa, a arte em virtude da conscientização é pouco valorizada no Brasil. À vista disso, apesar do apelo social, a produção desse conteúdo tem sido desvinculada da sua função progressista, posto que preconiza o valor econômico. Por isso, o papel das instituições não garante a amplitude dos direitos civis, mas contribui para a estagnação moral, o que viabiliza o caráter excludente do conceito de família na atualidade. Desse modo, não é a economia nem a política que mudam o país, mas "a cultura muda sim", como aponta Betinho.            Portanto, acerca das novas configurações de família no século XXI, o Estado e as escolas devem agir simultaneamente. Para isso, o Governo Federal é responsável por  ampliar a legislação que visa consolidar a diversidade no país. A favor dessa medida, o poder legislativo deve elaborar especificidades por meio de artigos constitucionais para legitimar o matrimônio e a adoção para todos os grupos sociais, a fim de garantir incluir novas concepções às famílias. Ademais, as escolas têm o papel de promover debates em dias letivos e incentivar a criatividade como contribuinte para o exercício do senso crítico, capaz de formar jovens culturalmente mais tolerantes.