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Enviada em: 25/10/2017

O Censo do IBGE de 2010 listou 19 laços de parentesco que se formaram, contra 11 em 2000. Sem dúvidas as relações entre indivíduos mudaram, e permanecem em constante mudança. O que era a família ideal, "a de comercial de margarina" deu espaço a novas configurações e com elas o desejo de aceitação por parte da sociedade.       Desde o inicio dos tempo a formação - pai, mãe e filhos - é tida como base de tradição, ademais, usada para argumentação do conservadorismo quando se trata de qualquer decisão que tente realizar a inclusão de outras constituições familiares como igualmente merecedoras do título de família, sendo tão importante e simbólica.     Entre os estigmas que enfrentam algumas das famílias, a tramitação da adoção, se mostra lenta e complicada, podendo se levar anos até a decisão. Quando o pedido parte de casais homossexuais soma-se o tabu e preconceito por parte da sociedade, mesmo que segundo decisões judiciárias, a sexualidade e formato familiar não podem e nem podem interferir nos processos.        Situações de abandono de um dos pais tem também influenciado na estrutura familiar, mesmo quase 17 anos atrás Racionais Mc's já cantava em suas letras, "Família brasileira, dois contra o mundo", demonstrando o enfrentamento de mãe e filho contra o que era socialmente aceito, mas que hoje segundo o IBGE já se soma a outras 20 milhões de mulheres que sustentam seus lares e criam seus filhos sozinhas, mas que ainda sofrem, com o preconceito.       Torna-se evidente por tanto a necessidade de avanço na discussão sobre o acolhimento e reconhecimento desses novos formatos de família por parte do governo. Assim como a inclusão do Dia da Família em calendário escola, exemplificando, para que assim crianças, pais, tios, avós e mães se sintam e sejam incluídos. Como também a mídia como espaço de debate e aceitação para com essas pessoas. Mostrando o que é realmente importante, que acima de opiniões pessoais "aquilo que se faz por amor está sempre acima do bem e do mal" palavras de Nietzsche.