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Enviada em: 17/10/2017

O modelo tradicional não representa a maior parte da sociedade Família é aquela formada por pai, mãe e filhos. Esse é um conceito heteronormativo que a sociedade segue como padrão há séculos no mundo todo. Mas essa concepção é excludente e não represente a maior parte das famílias na contemporaneidade, visto que, de acordo com o Censo de 2010 do IBGE, apenas 48% das famílias brasileiras possuem união tradicional. No século XXI o conceito de família ganhou um novo enfoque, além do modelo tradicional, com novas configurações, formadas por recasamentos, uniões homoafetivas e paternidade e maternidade socioafetivas. Isso foi claramente influenciado pelo grande aumento  dos divórcios, que atualmente é visto com naturalidade, já que, com a separação das famílias tradicionais, novos modelos de famílias são formados. Sobretudo, também houve um aumento substancial de mães e pais solteiros, assim como o aumento da autonomia feminina e as novas técnicas de reprodução que fortaleceram a necessidade de ampliação dessa definição Entretanto, na câmara dos deputados, recentemente, foi discutido um projeto que exclui do conceito de família qualquer modelo que se diferencie do tradicional, formado por pais heterossexuais e filhos. Essa discussão, apesar de ultrapassada, reflete o pensamento da sociedade que ainda tem dificuldade de aceitar os novos modelos. Portanto, fica evidente que o modelo tradicional não representa mais a maior parte da sociedade e por isso é necessário a inclusão das novas configurações nesse conceito. E para isso é fundamental o incentivo do Governo para levar informação para a população utilizando os meios de comunicação com campanhas publicitárias informando dados reais sobre a formação atual dos núcleos familiares. E também, que as escolas incentivem a interação entre as famílias dos alunos com atividades pedagógicas. Dessa maneira ficará evidente a pluralidade existente nas relações afetivas e maior aceitação da sociedade sobre as novas famílias.