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Enviada em: 06/10/2017

A construção familiar idealizada sobre a união de pai, mãe e filhos persiste desde a antiguidade clássica. Em que o homem, desde então, era visto como ser social e, as mulheres educadas para os cuidados com a família. Hoje, com as transformações das sociedades, o termo "conjunto familiar" tornou-se mais amplo. No entanto, apesar das mudanças comportamentais e ideológicas, no Brasil, ainda existe intolerância quanto as novas configurações da família contemporânea.   Em primeiro lugar, o preconceito enraizado na sociedade brasileira infringe o artigo 5 da Constituição. A violação da isonomia ocorre devido às famílias constituídas por casais homoafetivos, mães ou pais solteiros serem estereotipadas como "erradas" diante do que é exigido socialmente. De acordo com uma pesquisa do Portal educação, "O triângulo pai-mãe-filhos mudou", essa transformação, inclusive, corrobora dados do IBGE, os quais concluíram que os lares homoafetivos, por exemplo, já representam 60 mil e são oficializadas do ponto de vista legal, no país, contudo, o tradicionalismo ainda perdura desenvolvendo, em muitos casos, a intolerância para com as novos modelos.   Outro fator, é a limitação dada pela sociedade e órgãos públicos às novas relações familiares. Segundo a deputada Érika Kokay, a aprovação do novo Estatuto da família, "institucionalizou o preconceito", ao passo que restringiu a diversidade à uma única forma de união. Além disso, é que apesar da lei não proibir a adoção por famílias não tradicionais, sabe-se que as dificuldades duplicam, exemplo disso, é que segundo o site GAASP, "muitos homossexuais normalmente omitem a orientação sexual na tentativa de driblar o preconceito da Justiça” e, assim, compor o seu núcleo familiar. .    Torna-se evidente, portanto, o quanto o classicismo social sobre a esfera familiar ainda é persistente. E para que ao menos atenue-se as escolas precisam trabalhar para a construção de cidadãos que respeitem as diferenças, desenvolvendo rodas de conversa que instiguem a necessidade do respeito e da aceitação. Em casos de preconceito, a equipe pedagógica deve reunir e dialogar com os alunos sobre o comportamento ético e tolerante. Ademais, a mídia deve aproximar-se da realidade dos novos contextos familiares, retratando, em entrevistas, a capacidade de desenvolvimento e felicidade diante das novas perspectivas. Assim, no futuro, o conservadorismo daria espaço ao respeito aos novos moldes familiares.