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Enviada em: 06/10/2017

O amor configura o que é família  Se estabeleceu por muitos séculos a configuração de que família deve ser um núcleo composto apenas por homem e mulher. No século XXI, esta formatação vem se alterando através da força dos próprios integrantes dessas novas formas de família. Contudo, os avanços ainda são freados por parte da sociedade que ainda resiste a este modelo. Tem tramitado no Congresso Nacional uma propositura denominada “Estatuto da Família”, oficializando apenas casais formamos por pessoas do sexo oposto. Essa iniciativa aumenta ainda mais o desafio de se incluir todos os cidadãos em nossa sociedade, que em tese, deveria ser democrática e acolhedora para todos os seus indivíduos.  A bancada evangélica, grupo que vem dando respaldo a esse projeto de lei no legislativo federal, justifica a aprovação da legislação com base em argumentos religiosos, a tese do grupo, se choca com uma causa pétrea de nossa Constituição Federal, o princípio do Estado Laico. Os considerados tradicionais ou conservadores devem se atentar ao fato de que suas convicções religiosas não podem pautar suas opiniões quando são detentores de mandatos.  O preconceito e a descriminação demonstrados através do texto do projeto discutido na Câmara não afetam apenas os casais homossexuais, mas também mães e pais solteiros, os divorciados e pessoas que moram sozinhas. É importante destacar que o conceito de família tradicional brasileira não é mais o mesmo que muitos imaginam. De acordo com dados oficiais, apenas 48,9% das famílias possuem a união tradicional, enquanto a maioria se encaixa em padrões diferentes.  Desmistificar preconceitos e disseminar o respeito às diferenças são os grandes desafios para as próximas gerações. O Ministério da Educação trazer para as escolas e universidades palestras acerca das diferentes faces familiares é uma iniciativa de suma importância, pois assim poderemos conscientizar os futuros cidadãos quanto a inclusão de todos os indivíduos na sociedade. Os meios de comunicação podem também auxiliar nesta problemática, trazendo em propagandas, séries e novelas as mais diversas formas de família, mostrando na tela da televisão a realidade de milhões de brasileiros promovendo a diversidade. Assim, finalmente teremos uma definição de família baseada naquilo que temos dentro do peito, respeitando a autonomia dos indivíduos para decidir o que fazer de suas vidas.