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Enviada em: 09/10/2017

O conceito de família tem sofrido mudanças a muito tempo. Em 1977 é aprovada a lei que permite o divórcio no Brasil, o que até então não era permitido, já em 1996 é aprovada a lei que reconhece a união estável, ou seja, um casal vivendo juntos, mas sem serem casados oficialmente. Inegavelmente, as mudanças na estrutura familiar significam um grande avanço social, mas que precisa vencer ideologias religiosas ultrapassadas e principalmente o preconceito que ainda permanece enraizado na sociedade contemporânea.      Em 8 de março de 2017, é aprovada no Brasil a lei que reconhece a união entre pessoas do mesmo sexo, isso significa um grande avanço para sociedade brasileira, porém, a grande dificuldade a ser enfrentada é questão da adoção, pois muitos casais homoafetivos enfrentam grandes dificuldades quando buscam meios legais para adoção. Isso é fruto de ideologias - principalmente religiosas - que acreditam unicamente na formação familiar entre um homem e uma mulher, como também pelo preconceito que ainda se faz presente no século XXI. Diante disso, muitos desses casais acabam buscando outros meios para se ter um filho, como até mesmo indo para outros países em busca de uma possível barriga de aluguel, aonde isso é permitido por lei.     Mesmo diante de tantos avanços sociais a bancada evangélica de deputados criou um projeto de lei em 2017 que reconheceria como família unicamente aquela formada pela união de um homem e uma mulher. Tal lei se fosse aprovada representaria um retrocesso para sociedade brasileira, pois segundo pesquisa feita pelo IBGE, mais de 56% das famílias brasileira não correspondem mais aos conceitos clássicos de "família". Essa medida deixa claro que infelizmente os políticos em sua maioria, não representam os interesses de grande parte da população, sendo norteados principalmente por concepções ultrapassadas e que ferem o direito constitucional da liberdade de expressão e sexual.     Nessa conjuntura, se faz necessário o combate a todo e qualquer tipo de preconceito. Portanto é necessário que qualquer lei que signifique um retrocesso social seja suspensa pelo STF. Somado a isso, o Ministério da Educação deve desenvolver aulas temáticas nas escolas, onde possa ser debatido temas relacionados a formação familiar no século XXI, para que assim haja uma conscientização da necessidade do respeito as diferenças e o fim do preconceito em todos os âmbitos, pois assim como dizia Jorge Amado: "A liberdade é como o Sol: O bem maior do mundo".