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Enviada em: 23/10/2017

Ainda tem uma pedra no caminho. Podemos parafrasear uma das mais cé-lebres poesias de Drummond para abordar um obstáculo que afeta a har-monia da sociedade brasileira: a intolerância contra os novos conceitos de família. A população tupiniquim demonstra resistência em aceitar novas concepções familiares, graças a um pensamento tradicionalista e desinfor-mado, impedindo, então, o bem estar desses núcleos familiares considerados fora do padrão.   Primeiro, é preciso analisar como o corpo político é um empecilho para o acolhimento social destas novas composições familiares. Isso se dá porque governantes, baseados em ideologias conservadoras, excluem esses núcleos familiares ponderados como incoerentes das suas propostas de lei, apesar dessas comporem 51% das representações familiares atuais. Por conseguinte, direitos delegados às famílias tidas como tradicionais não são estendidos às novas conformações afetivas, prejudicando-as na  busca por direitos legais.   Conquanto, a desinformação generalizada que paira sobre a comunidade brasileira contribui para o preconceito. Isso ocorre devido ao negligenciamento do assunto, que é pouco pautado por agentes fornecedores de conhecimento, como as escolas. Isto posto, as pessoas desprovidas de sapiência sobre o tema proporcionam a manutenção do prejulgamento e da inaceitação dessas novas concepções familiares.    Assim, faz-se necessária a adoção de medidas para que esta austeridade frente aos novos núcleos familiares seja combatida. Para resolver esse im-passe, o poder legislativo deve propor e aprovar leis coerentes com essa nova realidade instaurada na sociedade brasileira, ou seja, medidas que garantam também direitos às novas formas afetivas, como um estatuto que as inclua no conceito de família. Às escolas, cabe a abordagem da te-mática nas aulas de Sociologia, Geografia e Biologia, de modo a demons-trar aos discentes a naturalidade da situação e o papel deles enquanto cidadãos de aceitar essas diferenças que compõem a harmonia social.