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Enviada em: 20/10/2017

"Família, papai, mamãe, titia". Este trecho de uma produção artística dos titãs representa o estereotipo da família brasileira. Todavia, segundo o IBGE o número de formações familiares não tradicionais tem aumentado na sociedade contemporânea. Nesse sentido, convém analisar a origem da formação da família nuclear para compreender a intolerância de grande parte de população com relação as novas formações. Em seguida, é necessário entender o significado dessa instituição social para que medidas a fim de amenizar o preconceito sejam apresentadas.       Primeiramente, é preciso ressaltar que o conceito de família está associado a união de um casal heterossexual com filhos devido a influência da religião católica no período colonial. Isso aconteceu, pois a igreja católica considerava pecaminosa as práticas homossexuais e prezava, primordialmente, pela preservação matrimonial. Desse modo, a família nuclear era considerada a única correta, e esta mentalidade prevalece presente na contemporaneidade, uma vez que ainda existe um percentual alto de preconceitos e julgamentos com relação às famílias não tradicionais.       Logo, o significado sociológico de família, o qual se refere a primeira instituição de socialização do indivíduo que possui o papel de educar e ensinar a regras sociais, fica em segundo plano. Esse contexto, é alarmante, pois demonstra que, geralmente, as pessoas estão mais ligadas as aparências do que a qualidade de vida das crianças e responsáveis, uma vez que possuir uma família tradicional não é sinônimo de que os pais realmente cumprem seus papéis adequadamente.       Torna-se evidente, portanto, que o conceito de agrupamento familiar precisa ser ressignificado. Nesse sentido, é essencial que o Poder Público realize palestras nas escolas com profissionais de educação para criar uma mentalidade de tolerância com relação as diversas formações familiares com o objetivo de mudar a mentalidade da sociedade a longo prazo. Além disso, o Ministério da Educação deve promover o mês do combate a intolerância das famílias não nucleares, nesse período seria divulgados depoimentos e imagens de caráter reflexivo sobre as famílias que são alvos de preconceitos, isso seria realizado com a finalidade de mudar o conceito sobre vida familiar. Dessa forma, os julgamentos poderão ser reduzidos.