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Enviada em: 11/10/2017

O filósofo grego Heráclito defende que tudo o que existe no mundo está em constante transformação. No sentido familiar isso não é diferente, visto que em pleno século XXI, a figura da família tradicional caracterizada por um pai, uma mãe e filhos parece ficar distante. Nesse contexto, é necessário, ainda, trilhar um caminho para que essa nova configuração seja reconhecida, respeitada e consiga conquistar seu lugar.        Em primeiro lugar, vale ressaltar, que ainda é latente o preconceito e a ignorância em relação às novas definições familiares, dado que a rejeição é notável, apesar do discurso que "respeita, porém não acha normal". Recentemente, a Câmara dos Deputados ressuscitou um polêmico projeto denominado “Estatuto da Família”, que legitima apenas a união entre homem e mulher. Uma enquete do portal da Câmara mostrou que 53% das pessoas concordam com essa definição. Apesar de que muito já se tenha conquistado, o formato tradicional é o que configura a família brasileira atual.        Segundo Sócrates, os erros são consequência da ignorância humana.  Nessa linha de pensamento e em um cenário atual, no qual o preconceito é definido por questão de opinião, a intolerância torna-se algo cotidiano e normal na sociedade brasileira, em razão de que o "distinto" necessita ser rejeitado, violentado e subjugado. A exemplo das frequentes notícias em jornais de que filhos de homossexuais sofrem agressões. A história mais recente teve um final trágico: a morte de um menino de 14 anos, filho adotivo de um casal homoafetivo. Os noticiários divulgam uma sociedade enraizada na ignorância humana que geram erros graves.        Sendo assim, é indispensável a adoção de medidas capazes de assegurar o respeito às novas representações familiares e o exercício de denúncia. Cabe às escolas e universidades promoverem oficinas de discussão sobre o tema com o objetivo de explicitar a importância de aceitar o novo. Além disso, a mídia com seu poder persuasivo necessita realizar uma ficção engajada, expondo o amor e a fraternidade entre às variadas famílias. Cabe, ainda, ao Governo criar medidas eficazes de punição aos casos de intolerância. Com essas medidas, talvez, a sociedade brasileira festejará o gozo de viver e amar quem quiser.