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Enviada em: 17/10/2017

O conceito tradicional de família emergiu na Roma Antiga, a partir do surgimento da expressão família natural, a qual era constituída ideologicamente apenas por um casal e seus filhos. Desse modo, esse conceito foi passado de geração em geração. No entanto, atualmente, é visto que a sociedade é composta por diversos tipos de organizações familiares, o que fomenta casos de intolerância na nação pela presença de um pensamento patriarcal em alguns indivíduos. Com isso, convém analisar e combater os principais problemas gerados por esse quadro.         Tomando como ponto inicial da reflexão, observa-se que com a ascensão da mulher no mercado de trabalho, as famílias passaram por uma significativa mudança em relação a sua organização, com uma considerável diminuição do seu tamanho. Tal fator é evidenciado por dados emitidos pelo IBGE, os quais apontam a redução da taxa de fecundidade para 1,74 em 2014, no Brasil. Além disso, com a maior aquisição de direitos pela comunidade LGBT, os casais homoafetivos passaram a constituir uma grande parcela da população, assim como obtiveram a possibilidade de adoção de crianças, e dessa maneira, a compor um círculo familiar.         Entretanto, as novas organizações familiares, como as homoafetivas ou constituída apenas por um indivíduo com filhos, são alvos de intolerância por parte de alguns cidadãos e até mesmo de parlamentares. Haja vista que houve a criação de um projeto de lei que afirmava a entidade familiar como um núcleo social a partir da união entre um homem e uma mulher, em pleno século XXI. Além do mais, segundo weber, o homem se comporta de acordo com a bagagem ligada a tradição, e nesse sentido, traz a concepção de um modelo tradicional familiar o considerando como o ideal, sendo que há uma grande diversidade de famílias no país. Todavia, essa situação precisa ser alterada.       Medidas são necessárias, portanto, para solucionar a intolerância acerca das diversas organizações familiares. É fundamental que o Ministério da Educação aborde o assunto da diversidade familiar nas instituições educativas, por meio de palestras e debates, para difundir o respeito e diminuir a intolerância. Ademais, o Estatuto da Família deve promover a aceitação de novos modelos de famílias, por intermédio da reformulação de leis, para assegurar a igualdade de direitos de qualquer tipo de organização familiar. Dessa forma, ocorrerá a mudança da atual conjuntura presente no território brasileiro.