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Enviada em: 16/10/2017

Intolerância: o verdadeiro problema        Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, criou o conceito de Modernidade Líquida, no qual afirmava que todos os referenciais morais de épocas anteriores como família tradicional serão derretidos dando lugar a conceitos adaptados a modernidade, e que estão em constante transformação. Porém, mudanças incomodam conservadores, que acabam criando um ambiente de intolerância.         O mundo caminha para diversidade, e é preciso saber aceitar as diferenças, ao invés de tentar impor um arquétipo que todos devem seguir. Por mais que os núcleos familiares tenham mudado radicalmente e, com isso, sofrem pressão dos grupos conservadores, eles não deixarão de existir, porque o amor, carinho e felicidade são os elementos mais importantes para uma família viver em bem estar, sendo capaz de superar os paradigmas impostos pela sociedade. Apoiar a ideia de família tradicional é ir contra ao direito de liberdade das pessoas, fomentando o preconceito contra os diferentes padrões de família.         Para retroceder ainda mais, em 2015, um projeto de lei chamado Estatuto da Família, foi desenvolvido para definir na lei que apenas núcleos sociais formados por homem ou mulher poderão ter acesso a direitos como pensão, INSS e licença-maternidade. Tais medidas ultraconservadoras ganham força com a formação de bancadas religiosas no Congresso, que inclusive, é a base do Estatuto da Família. Pregam tanto a religião, mas até mesmo Jesus ficaria fora da lei. Segundo a bíblia, ele vivia em uma família poliafetiva , pois foi concebido por um espírito e gerado por uma virgem que vivia com José, segundo pai de Jesus. Isso prova que a intolerância cega.       Portanto, o preconceito contra diferentes padrões de família devia ser encarado como problema, e não o contrário. Para atenuá-lo é imprescindível que campanhas governamentais, com auxílio da mídia, além de palestras patrocinadas pelo Ministério da Educação informem a população sobre a eficiência das novas famílias e a importância do amor em qualquer núcleo familiar. Dessa forma, com um país conscientizado em todas as idades e esferas sociais, a intolerância será minimizada, criando um melhor lugar para se viver.