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Enviada em: 18/10/2017

O dicionário Houassis, em 2016, redefiniu o conceito de família como: “núcleo social de pessoas unidas por laços afetivos [...]”. Contudo, essa nova definição vem causando divergências na sociedade brasileira atual por conta das novas configurações familiares que estão sendo formadas. Dessa forma, faz-se necessário a exposição de alguns desses novos rearranjos familiares, que, por sua vez, são frutos da melhoria social da mulher, dos novos valores éticos e morais e também dos avanços legislativos.        É fundamental pontuar que a evolução social tem contribuído grandemente para as novas formações na sociedade, prova disso, é a ascensão da Revolução Industrial que elevou o custo de vida e o número de empregos nas cidades, fazendo com que as mulheres começassem a trabalhar e assim ajudar na renda familiar. Esse fenômeno, juntamente aos movimentos feministas ao longo do século XX, cooperou para que hoje muitas mulheres se tornassem independentes e mantenedoras únicas de suas famílias, pois de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, cerca de 40% dos domicílios registrados já eram comandados por mulheres..       Outro ponto muito importante tange aos novos valores éticos e morais, que refletem diretamente nas novas estruturas familiares. Nesse contexto, destaca-se as uniões homoafetivas, que vêm apresentando aumento significativo nos últimos anos. Tal façanha é corroborada segundo as pesquisas realizadas também pelo IBGE, as quais concluíram que os casamentos gays aumentaram em cerca  de 31% em 2014 no Brasil. Com isso, a presença desses casais se torna cada vez maior na sociedade. .       Somam-se a esses dois fatores os avanço legislativos, que também favoreceram muito para a criação desses novos modelos de família. Desse modo, vale ressaltar a Constituição Federal de 1988 - que consagrou o princípio da pluralidade de entidades familiares - e as novas leis que tramitam nos congressos, tal como a aprovada pelo Tribunal Superior de Justiça, na qual regulamenta a união estável entre pessoas do mesmo sexo, tornando-a, do ponto de vista legal, como a heterossexual.       Desse forma, é nítido que houve muitos avanços e que já existem diversos núcleos familiares, contudo, a questão ainda possui caminhos a percorrer. Sendo assim, é imprescindível a garantia de um maior nível educacional à população, com intuito de que ela compreenda cada vez mais sobre os novos modelos familiares e, consequentemente, consiga criar uma visão mais pluralizada acerca disso, longe de qualquer estereótipo ou discriminação. Para isso, é imperativo que a família – seja qual for o modelo – ensine os menores essa lição. Ademais, cabe à escola, por meio de projetos, promover atividades em grupos com pais e alunos para que esses compreendam as transformações sociais.