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Enviada em: 21/10/2017

No célebre seriado "Friends", Ben é um garoto criado por duas mães, Susan e Carol. Além delas, ele também conta com seu pai, Ross, o qual, mesmo sendo ex-parceiro de Carol, é bastante ativo na vida do menino. Fora das telas, situações semelhantes são cada vez mais vistas, pois a diversidade ganhou espaço na sociedade. Apesar disso, ainda é preciso combater o conservadorismo cultural que discrimina essas práticas.   De início, vale salientar que essas novas configurações de família são frutos das mudanças que ocorreram com o tempo. Por exemplo, a luta diária das mulheres por igualdade e autonomia é bastante responsável pela diminuição do antigo preconceito com mães solteiras ou divorciadas. Além disso, os novos métodos científicos também ampliam esses conceitos, como a inseminação artificial e as "barrigas de aluguel", que resultam, muitas vezes, em filhos adotivos e de casais homo afetivos. Por isso, a legislação brasileira passou a reconhecer essas formações como família.   Em contrapartida, uma grande parcela da sociedade ainda possui um pensamento patriarcal sobre o assunto. Essa ideia é homogeneizada com um comportamento preconceituoso, escondido por trás de discursos que defendem padrões religiosos e culturais.  Isso é notório através da proposta, feita em 2015, do Estatuto da Família, o qual restringe o conceito de família e reflete a possibilidade de um grande retrocesso no âmbito legislativo. Porém, essa postura ignora a liberdade constitucional garantida ao indivíduo e os benefícios que a família, por meio de laços afetivos, pode trazer ao crescimento e suporte de qualquer pessoa.   À luz do exposto, nota-se a necessidade de combater a discriminação de algumas pessoas contra esse importante órgão para a base da sociedade. Portanto, cabe ao Governo aperfeiçoar os meios ("disk denúncia" e  sites) responsáveis pelos envios de queixas de casos que agridam a família, que, por sua vez, precisam ser punidos adequadamente pelo Poder Judiciário. A Escola, por sua vez, deve abordar a diversidade em sala de aula, a fim de quebrar preconceitos e construir jovens tolerantes na sociedade.