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Enviada em: 22/10/2017

Família: Duas mães, dois pais, meio-irmão e enteados  O conceito de família, no Brasil, vem mudando. Mães solteiras, casais homoafetivos, filhos biológicos e adotivos são algumas das representações  presentes nos retratos de família do país. Entretanto, ainda há muito que se discutir para que, de fato, essa nova configuração seja reconhecida. Certamente, o retrocesso da sociedade civil aliado ao preconceito ao diferente, são grandes entraves que contribuem para que as diferentes representações familiares sejam desrespeitadas.  Em primeira análise, é importante destacar que apesar das visíveis mudanças, o conservadorismo ainda é latente na sociedade civil. Recentemente, a Câmara dos Deputados ressuscitou um polêmico projeto denominado “Estatuto da Família”, que legitima apenas a união entre homem e mulher. Assim sendo, por mais que, as representações familiares da atualidade sejam sinônimo de diversidade os ideais conservadores de grande parcela da população as tornam antônimo de tolerância.  Ademais, convém frisar que a visão engessada do modelo familiar colabora com o crescimento da intolerância. Isto é, crianças que têm famílias fora do “convencional” costumam sofrer com o preconceito.  Por conseguinte, frequentemente, são noticiados casos de agressões a filhos de casais gays. Em suma, Os adolescentes que não respeitam a diversidade são o reflexo de uma sociedade que ainda não aceita o diferente e acha que preconceito é questão de opinião.  A fim de atenuar o problema, o debate relacionado ao conceito de família  precisa se estender aos mais variados ambientes sociais. Uma solução viável é a criação do projeto "Família nas escolas", pelo Ministério da Educação, no qual, os responsáveis pelos alunos são convidados a participarem, uma vez por mês, de dinâmicas e palestras, em que serão debatidos temas como a tolerância ás diferenças e compreensão plena dos novos modelos familiares.  Afinal, Os tempos onde família é só “papai, mamãe, titia” parecem ter ficado na letra dos Titãs.