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Enviada em: 31/10/2017

"Eu moro com a minha mãe, mas meu pai vem me visitar". O trecho da música composta por Renato Russo já previa por volta dos anos 80 uma das realidades do século XXI. Filhos criados por pais separados, por avós, por casais homossexuais e até por irmãos expressam a flexibilidade da família na atualidade. Embora ainda haja controvérsias, é fato que os valores éticos estão se reestruturando com o passar dos anos.       A ascensão das mulheres no mercado do trabalho, tornando-as cada vez mais independentes e a igualdade de gêneros que vem ganhando força a cada dia, lesando o conservadorismo proposto por políticos atuais. Como disse Eça de Queiroz: "políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo". Ou seja, com as minorias deixando de ser minorias, a representatividade desses grupos devem ser maiores em prol da igualdade, visto que a grande maioria dos representantes são influenciados por suas religiões, colocando em questão a laicidade do estado.         Contudo o problema está longe de ser resolvido, uns dos motivos são a falta de engajamento da sociedade somada a crise atual do país que colocam questões importantíssimas como essa em segundo plano. Além disso a aprovação de medidas como o Estatuto da Família, que define apenas pai e mãe como fundamento do corpo social e o isolamento que grupos diferentes do padrão sofrem diariamente.           Portanto, medidas são necessárias para resolver o empasse. Como  um número maior de vagas destinadas a deputados e senadores de partidos que promovam as diferenças. Do mesmo modo que os religiosos coloquem o respeito acima de seus dogmas, incluindo assim uniões homoafetivas no Estatuto da Família. Também campanhas midiáticas ministradas por psicólogos e pertencentes a esses novos núcleos para que tenha conscientização e adoção dessas novas famílias pela população, assim como a internet pode ser usada para o mesmo fim. Tais medidas, resolveriam ou até erradicariam a problemática.