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Enviada em: 28/10/2017

Pluralidade.Essa é uma palavra que pode definir os novos arranjos familiares da contemporaneidade. Mães solteiras,casais homoafetivos, filhos biológicos e adotivos são alguns dos componentes da família  brasileira, que , apesar de ainda enfrentar dificuldades de reconhecimento está em constante busca por respeito.Nesse sentido,faz-se necessário analisar em que contexto estão inseridas as famílias do século XXI e elaborar meios para definitivamente integrá-las .   Em primeiro lugar,o conservadorismo ,ainda vigente no Brasil, valoriza a família tradicional -pai,mãe e filhos- em detrimento das demais.Sob essa perspectiva ,comprova-se a ideia do psicanalista Sigmund Freud, a qual afirma que o novo sempre desperta perplexidade e resistência.Por conseguinte,são frequentes as notícias de manifestação de preconceito e intolerância contra os constituintes dessas famílias.O bullying sofrido por filhos de pais homossexuais , por exemplo, é um problema comum no Brasil.Nesse sentido,os jovens que cometem essas agressões são apenas o reflexo de uma sociedade que não aceita as diferenças e acha que preconceito é questão de opinião.  Contudo,a luta dos movimentos sociais da atualidade auxiliam no estabelecimento das novas estruturas familiares. Isso porque, tanto o movimento feminista ,quanto o LGBT disseminam ideais de libertação e independência que desempenham o papel de alterar o pensamento patriarcalista, ainda compartilhado por grande parcela da sociedade,e de legitimar suas pretensões.Em virtude disso, apesar do preconceito ainda existir,já ocorreram diversos avanços não só na garantia de direitos civis,mas também, no aumento do respeito.Um exemplo recente de conquista na luta pelo reconhecimento foi a mudança na definição de família do dicionário Houaiss, que a tornou mais abrangente e agradou a muitas pessoas que ,antes, eram excluídas pelo conceito.     Torna-se evidente , portanto , que é indispensável valorizar todos as representações familiares ,e medidas exequíveis são necessárias para conquistar esse objetivo.Em primeiro lugar, é dever do Estado , por meio do Ministério da Educação trabalhar a importância do respeito às diferenças desde as séries iniciais, por meio da distribuição de cartilhas educativas nas escolas, além da promoção de palestras com psicólogos e pedagogos para viabilizar a desnaturalização da intolerância ,tudo isso com o intuito de formar jovens mais respeitos e conscientes.Ademais , a mídia deve realizar companhas e expor ficções engajadas que debatam sobre a importância da valorização de todos os arranjos familiares ,com o fito de induzir reflexão e tornar os cidadãos mais tolerantes.Assim, será possível que as novas famílias tenham o devido reconhecimento e respeito que merecem.