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Enviada em: 28/10/2017

Representatividade: o caminho para o respeito à diversidade   A homossexualidade não é uma invenção atual, ao contrário do que muitos discursos de ódio afirmam, atualmente. Um exemplo disso são os poemas homoeróticos feitos pela sociedade judaica antiga. Visto isso, o conceito de família formado por dois ou mais cônjuges do mesmo sexo é historicamente embasado, e por isso, além de outros motivos, deve ser no mínimo respeitado e reconhecido.   Contudo, um projeto de lei criado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, vai na contramão da história, o projeto prevê que apenas uma família constituída por um homem e uma mulher será reconhecida por lei. Por outro lado, analisando o cenário mundial, de forma geral, observa-se um avanço no respeito à diversidade, uma prova disso é a liberação do casamento homoafetivo, no Brasil, em 2013, e nos Estados Unidos, em 2015.    Além disso, manifestações culturais com foco na causa LGBTQ são cada vez mais presentes, como a parada gay em vários pontos do globo, e produções artísticas com o tema em evidência, como a série "Sense8", o filme brasileiro "Hoje eu não quero voltar sozinho" e até animações como "Steven Universe". Portanto, a intenção do presidente da Câmara fica evidente perante uma sociedade que caminha para a aceitação da homossexualidade: barrar esse progresso. Conservar idéias retrógradas e excluir aqueles que não se encaixam no molde de família tradicional cristã.    Desse modo, esse retrocesso deve ser impedido em prol dos direitos de muitos famílias. Em primeira instância, é necessário uma maior diversidade na Câmara dos Deputados e no Senado, a fim de que projetos como esse sejam eliminados em seus primeiros passos, e para que isso aconteça, a população deve estar à par de todas as intenções do seu candidato, e visar a representatividade na hora do voto, pois só assim o interesse de todos deverá ser contemplado, com dignidade e respeito. Além disso, o Ministério da Comunicação deve incentivar e até patrocinar produções que visem representar todos, contribuindo para o fim da desinformação e com isso, o preconceito.