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Enviada em: 27/10/2017

Efemeridade social           Ao analisar o tema referente às configurações familiares, vê-se que ele se modificou ao longo do tempo. No entanto, grande parte da população ainda está atrelada à conceitos religiosos e culturais antigos, reforçando assim, a ideia de existência de um único modelo familiar. Nesse sentido, atualmente, constituir uma família fora do padrão homem-mulher ainda é visto como alvo de desrespeito e discriminação.         Historicamente, a herança trazida de Portugal, baseada em um modelo cuja autoridade é do patriarca, moldou os padrões de organização familiar da época. Entretanto, tal influência é cada vez menos presente, uma vez que o uso de técnicas contraceptivas, a adoção do planejamento familiar e a primazia concedida pela mulher à carreira profissional contribuíram para as mudanças na antiga configuração patriarcal.        Nesse sentido, é válido ressaltar que todas as Instituições Sociais, inclusive a família, são suscetíveis a mudanças, haja vista que tais Instituições possuem caráter efêmero, que varia de acordo com o contexto social. Entretanto, apesar de tal fato, uma parcela significativa da população ainda se mantem altamente intolerante com as modificações ocorridas nesse contexto, o que contribui para aumentar o índice de preconceito.          Hodiernamente, apesar de várias configurações familiares já estarem sendo reconhecidas pelo Estado, o preconceito e a intolerância contra tais arranjos fora do "padrão" patriarcal ainda se fazem presente. Sendo assim, movimentos sociais como, por exemplo, os feministas e o LGBT, buscam, nesse cenário, não só a equidade de direitos, mas também a legitimidade de tais configurações perante à sociedade.          Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Segundo Helen Keller: "O resultado mais sublime da educação é a tolerância." Dessa forma, o Ministério da Educação, junto com professores e psicólogos, poderia organizar palestras e debates nas escolas para os alunos, a fim de ressaltar o respeito e a tolerância aos diferentes núcleos familiares. Por fim, o Ministério da Justiça deveria instaurar leis e sanções para aqueles que cometerem atos de violência física ou moral a tais arranjos. Talvez assim possa-se amenizar o problema.