Materiais:
Enviada em: 29/10/2017

Pluralidade familiar      Dois pais; duas mães; mãe solteira; filhos adotivos e biológicos. Essas combinações retratam a diversidade da estrutura familiar brasileira, evidenciando que a formação tradicional, pai e mãe, deixou de ser a única forma de expressão. Contudo,tal configuração ainda é vista com preconceito por parte sociedade, sofrendo diversos tipos de discriminação. Assim, é preciso que o Governo, junto à sociedade busque soluções para este inconveniente social.        A obra Senhora, do escritor José de Alencar, retrata a história de Aurélia, que mesmo após receber sua herança, não consegue sua independência, tendo que se casar com um homem de poder aquisitivo. Mesmo estando na Idade Contemporânea, a ideia de núcleo familiar tradicional pai, mãe e filhos biológicos retratada na obra realista, continua sendo a mais aceita pela sociedade. Contudo, mesmo que muitos indivíduos tenham alçando direitos jurídicos, como o divórcio, união homoafetiva, o direito a adoção, o preconceito ainda é forte no país. Prova disso, foi o projeto "Estatuto da Família" ressuscitado pela Câmara dos Deputados que legitima apenas a união entre homem e mulher, além de promover uma enquete evidenciando que 53% das pessoas concordam com essa definição.    Vale ressaltar que essa visão de família apenas com uma representação, contribui com o crescimento da intolerância. É visto que crianças que possuem famílias fora da estrutura convencional são vistas com outros olhares, principalmente as que possuem pais gays, muitas vezes chegando a sofrer violência verbal e física. Desse modo, revela-se a discriminação ao direito de liberdade do indivíduo na escolha da formação do seu núcleo familiar. É notório que mesmo fora dos padrões, toda forma de organização é capaz de provar o valor do amor e do respeito ao próximo. Desta forma, é preciso que a sociedade se informe e respeite todas as formas de união.        Fica claro, portando, a necessidade de buscar mostrar que as novas representações familiares não são menos válidas que as tradicionais. Assim, é fundamental que o Governo Federal, junto ao Legislativo criem e reforce leis que punas atos de intolerância, contribuindo com a diminuição do preconceito e reforçando a ideia de respeito a escolha. Somado a isso, a mídia, como formado de opinião, junto as escolas, que participa da formação do indivíduo, promovam projetos educacionais e palestras que incentivem debates com a comunidade, buscando mostrar a validez das novas famílias, promovendo sua integração e crescimento do respeito. Desta forma, a comunidade se tornará mais tolerante a pluralidade familiar e irá entender que não importa como as famílias se estruturem, se essas forem núcleos amorosos.