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Enviada em: 04/11/2017

Hera era a deusa grega que representava a maternidade e o matrimônio. Sempre preocupada com a fidelidade do seu marido, Zeus, já remontava a existência de uma família no período da Antiguidade. Sendo base da sociedade há milhares anos, as famílias sobrevivem em configurações flexíveis, pois, na medida em que um grupo se define como uma, deve ser reconhecida como tal.   Em primeiro lugar, deve-se destacar que os padrões de composição familiar sofrem mudanças de acordo com o contexto. As diferenças culturais demonstram que cada modelo pode ser bem aceito ou rejeitado pelo senso comum em determinada região ou tempo. Assim como a poligamia, abominada pelo Ocidente, é comum em países do Oriente Médio, o divórcio entre casais foi deixando de ser condenado no Brasil ao longo do tempo.    Portanto, o conceito de família não é estático, cabendo aos seus membros se identificar ou não com essa definição. Isso porque o que caracteriza essa instituição é a união pelos laços afetivos e solidariedade mútua. A consciência coletiva, ou seja, a sensação de pertencimento, como explica Durkheim, só pode ser construída pelo próprio grupo de pessoas.    Porém, existem obstáculos para que os distintos formatos de família sejam aceitos. Ainda falta representatividade, na Mídia e na educação primária, de como o contexto familiar pode ser. Setores mais conservadores  da sociedade não permitem que um conceito fora o da união entre o homem e a mulher seja apresentado como exemplo, principalmente para as crianças.      Dessa forma, não é a sociedade que deve determinar se um grupo constitui ou não família. Apenas o próprio grupo pode se denominar família e ter reconhecimento incentivado pela Mídia, ao retratar em ficções não só família compostas por marido e esposa. O governo também pode lançar  ,nas escolas, campanhas educativas que abordem a temática família de forma a enaltecer a diversidade, representando seus mais variados tons.