Materiais:
Enviada em: 31/10/2017

Pluralidade. Esta é uma boa palavra para definir o panorama atual das famílias brasileiras. Mães solteiras, casais homoafetivos, filhos biológicos e adotivos são algumas peças no retrato de família do Brasil. Apesar de ainda sofrerem muito preconceito, essas novas configurações já avançaram muito e hoje têm alguns direitos civis garantidos. Contudo, a discussão não está nem perto do fim, afinal essas novas famílias devem legitimadas e reconhecidas assim como todas as outras.      Não obstante as novas gerações surjam com seus pensamentos mais críticos, o conservadorismo ainda está cristalizado em nossa sociedade. Crianças pertencentes às famílias “não convencionais” naturalizam o preconceito que sofrem. Segundo o filósofo Jean-Paul Sartre, a violência, independente de como ela se manifestar, é sempre uma derrota. Diante disso, casos de agressões contra pessoas LGBTs revelam-se como um empecilho para os orfanatos, visto que tais atitudes corroboram para o declínio do número de adoções.      A acepção dos novos modelos familiares pode colaborar para resolver outros problemas sociais. Quanto menos casais do mesmo sexo sofrerem preconceito por terem adotado um menor, mais incentivadas as outras pessoas vão se sentir para pensarem no assunto, o que pode acarretar na diminuição do número de crianças em abrigos. No século XIX, mulheres divorciadas estavam destinadas à solidão, pois não eram socialmente aceitas. Atualmente, porém, são os inúmeros os casos de mulheres chefes de família, que dividem o tempo entre o trabalho e os afazeres domésticos.      Portanto, fica evidente que os modelos mais contemporâneos de representatividade familiar são, em geral, invisibilizados. Sendo assim, cabe ao governo em conjuntura com ministério da justiça, criar meios de punição mais eficazes para os agressores, visando a diminuição da violência . Ademais, a mídia pode  promover campanhas como a "Nossa Família Existe", que incentivam a aceitação dessas novas configurações de famílias.