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Enviada em: 31/10/2017

Fundado em princípios conservadores e patriarcais, o conceito de família ao longo da história diz respeito somente à união entre um homem e uma mulher. Sem embargos, é notório que, atualmente, essa definição mudou e tomou amplos sentidos, mas apesar disso, tudo o que foge dos padrões tradicionais é descriminado e não aceito socialmente.   O que se entende por família, segundo o Estatuto da Família, é exclusivamente esse significado tradicional. Ou seja, nesse âmbito exclui os casais formados por pessoas do mesmo sexo, invalidando sua união diante de um Estatuto imbuído de preconceito. Não era de se esperar outra atitude de um Estado tomado por lideranças conservadoras e intolerante.    Setores conservadores têm o discurso de que a família é a base da sociedade. Todavia, vale salientar que o número de divórcios nas uniões tradicionais cresce exponencialmente e a quantidade de relacionamentos homoafetivos aumenta. A entidade familiar patriarcal está desaparecendo, dando lugar às famílias modernas. Quando esse sistema falir por completo, onde estará a base da sociedade?      Platão cria o mito da caverna com o intuito de libertar os indivíduos do mundo sensível para o mundo inteligível. Conquanto, a sociedade brasileira está presa no primeiro mundo, envolta de ideias antiquadas e primitivas. Para mudar essa situação, é preciso que haja a aceitação das diferentes manifestações e concepções de família.     Por conseguinte, a premissa do Estatuto da Família está completamente equivocada. Excluir os relacionamentos homoafetivos desse âmbito é uma forma de preconceito notória. Para mudar isso, é preciso que haja a mudança desse artigo no estatuto e incluir de forma gradativa a ideia de casais com pessoas do mesmo sexo. Cabe, principalmente, ao Ministério da Educação, orientar jovens e adolescentes acerca dessas ideias, promovendo palestras e debates sobre o tema. Com isso, essa descriminalização diminuirá e o conceito de família alcançará sua verdadeira raiz: o amor.