Materiais:
Enviada em: 01/11/2017

Desde os tempos da Colonização no Brasil, em que o padrão de família era a Paternalista e a mulher era submissa ao marido, inúmeros agentes cidadãos lutam pela transformação dessa realidade restritiva. Atualmente, devido aos avanços sociais e políticos, torna-se cada vez mais clara a diversidade de sentidos atribuídos ao conceito de família e os benefícios oriundos de tal transformação. Dessa forma, a ampliação da perspectiva de família, tornou-se não só uma obrigação de caráter civilizatório, como também, uma necessidade, a fim de contemplar a multiplicidade de histórias e contextos no Brasil.      Em primeira instância, cabe ressaltar o porquê do conceito de família ter sido o alvo de tantas discussões no contexto atual. De certo, os preconceitos sociais, que possuem longínquas raízes históricas, e a posição intolerante que muitos agentes políticos assumem hoje, são os responsáveis pelo problema. Uma vez que, percebe-se então, um padrão entre o tipo ideal familiar no tempo colonial e o que grande parcela da da população brasileira acredita ser coerente, torna-se notável a persistência de um conceito equivocado de família, que decididamente não satisfaz o atual contexto social. Por outro lado, as atitudes preconceituosas de figuras políticas influentes, como o Deputado Jair Bolsonaro, servem como agravante a toda problemática.      A posteriori, vale salientar os motivos para o conceito de família, ainda não ser completamente plural e livre, como se espera. Nesse sentido, é imperativo indicar a falta de leis específicas, que tornem objetivo o esclarecimento da questão e a inexistência de campanhas governamentais que informem a população sobre o assunto. Assim, graças a uma completa inabilidade e despreocupação dos agentes públicos, perpetua-se as ideias equivocadas e restritivas sobre o que é uma família de fato, e excluem-se então, os modelos novos de família, como os casais homossexuais, por exemplo.      Destarte, cabe ao Governo Federal, a promulgação de leis de abrangência nacional, que civilmente reconheçam a pluralidade de conceitos relacionados à família, a fim de evitar os preconceitos e as barreiras legais , que atualmente, as formações familiares alternativas enfrentam. Ademais, cabe aos próprios cidadãos se informarem sobre o assunto, e respeitarem a diversidade de famílias. Dessa maneira, o que se tornará um critério para a formação das famílias, será o amor e a cooperação recíprocas, e não mais as imposições jurídicas.