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Enviada em: 20/05/2018

O ideário de Newton afirma que um corpo tende a permanecer em repouso até que uma força satisfatória atue sobre ele, em sentido contrário, mudando-o de percurso. Sob essa perspectiva é possível reaver a questão do conceito de família para além da dinâmica, em uma constituição sociológica. Assim, analogamente, a reflexão e o diálogo agem como métodos de intervenção para a transformação do estático âmbito vigente.      Vanguarda ao Pai da Física Moderna, Émile Durckeim discute que o homem, mais que formador do meio é produto dele. O conceito do sociólogo francês conduz a uma avaliação sobre a seleção de um núcleo familiar padrão, formado unicamente por um e homem e uma mulher, como fruto de uma ideologia social que persiste e banaliza, de certa forma, a pluralidade dos arranjos familiares no Brasil do século XXI.   Outro ponto consoante é o conceito de “Outrospecção” do filósofo australiano, Roman Krznaric, que defende o olhar para fora, para o próximo, a fim reconhecer outras pessoas e culturas, perante a sociedade introspectiva moderna. Desse modo, o individualismo contribui com a perpetuação dos desafios enfrentados por diversos grupos fora do padrão estabelecido pelo Estatuto da Família, devido a redução da estima sobre o bem-estar dessas minorias.   Corroborando com a teoria newtoniana, urge, portanto, a demanda por uma força de mudança. O Ministério da Educação, em parceria com os meios de comunicação, sob a supervisão do CONAR, deve investir em campanhas publicitárias de nível nacional que visem conscientizar sobre as realidades distintas dos núcleos sociais. Outrossim, é viável ao MEC a exibição de palestras voltadas à multiplicidade familiar, ministradas por profissionais licenciados em Psicologia, em escolas de ensino fundamental e médio, com intenção de criar um espaço para discussão e ademais formar uma geração mais empática a conceitos não tradicionais.