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Enviada em: 12/04/2018

Conforme defendeu o sociólogo Gilberto Freyre na obra ''Casa-Grande e Senzala'', a pluralidade de crenças e de etnias que existe no Brasil forma a identidade do país. Sendo assim, todas elas devem ser respeitadas, porém as novas configurações de família são comuns na realidade brasileira. Com isso, faz-se necessária uma parceria entre governo e mídia para resolução dessa problemática.   A herança histórico-cultural é a principal responsável pela LGBTfobia. Isso decorre do século XVI, quando a Igreja Católica, determinou que o modelo padrão de união afetiva fosse aquele composto por um homem e uma mulher. Lamentavelmente, embora a Constituição Federal de 1988 reconheça a laicidade do Estado, o preconceito persiste e garante os casos de violência. Bárbara Souza, por exemplo, foi vítima de agressão pela mãe e o padrasto quando tinha doze anos, por ter dito que era lésbica.   Além disso, nota-se ainda, que o poder público também causa a manutenção da entidade familiar. Isso porque, embora exista a lei que proíbe qualquer tipo de preconceito por conta da orientação sexual, e mesmo estando em pleno século XXI, muitos ainda acreditam que a união afetiva de pessoas do mesmo sexo não pode existir. Não é à toa então, que mais de 200 denúncias relacionadas à discriminação de gênero, de acordo com a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, tenham sido feitas em menos de três anos.   Logo, torna-se fundamental uma ação conjunta entre governo e a mídia, na qual essa, por meio de programas, propagandas e novelas, será responsável por construir na população um sentimento de alteridade, mostrando a importância de colocar-se no lugar do outro no intuito de minimizar os preconceitos. Ademais, o Estado deve ampliar, criar e fiscalizar mais leis para amparar as vítimas de discriminação de gênero, além de disponibilizar delegacias especializadas para punir os desviantes da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Assim será possível reduzir os índices de preconceito e violência para com o próximo, respeitando a ética e a moral de toda a humanidade.