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Enviada em: 24/04/2018

Homoafetiva. Monoparental. Comunitária. Essas são algumas das constituições familiares existentes na sociedade contemporânea, fazendo a concepção de família mononuclear que engloba pai, mãe e filhos, não ser mais o único existente. Com isso, tomou-se pauta um novo conceito, mais abrangente, que define família como uma instituição social em que ocorre a socialização primária dos indivíduos, constituída a partir de laços afetivos e não apenas laços sanguíneos. Porém, apesar de já terem ocorrido avanços significativos, ainda são encontradas algumas barreiras para o completo reconhecimento e respeito dessas novas formações        Em primeiro lugar, verifica-se que diversos países do mundo ainda são extremamente conservadores, onde se observa extrema rejeição a família homoafetiva. Como exemplo o Brasil, apesar de em 2013 ter sido regulamentada a união civil desses casais, um outro projeto de lei posterior a isso, intitulado como Estatuto da Família, retirava direitos deles. Verifica-se que além de todo preconceito já enfrentado, a formação de uma família pode ser dificultada também pelo próprio Estado.               Além disso, há em toda sociedade, um grande estereótipo com relação a pais e mães que decidem, por alguma razão, criar seus filhos sozinhos. Durante suas jornadas, ambos têm de enfrentar a barreira do preconceito e as dificuldades de criarem uma vida por si só. Ademais, há o machismo enfrentado pelas mulheres, consideradas inferiores por serem independentes,bem como, homens que ainda são subjugados no conceito de educar uma criança. Assim, é possível realizar que a vida de parentalidade solteira é inferiorizada pela sociedade.         Também é notório que há famílias constituídas por outras pessoas que auxiliam no desenvolvimento das crianças, a família comunitária. A título de exemplo, a série Full House relata a história de um pai que cria suas duas filhas com seu melhor amigo e seu cunhado. A família se organiza a fim de que todos contribuam de forma positiva para a criação de seus membros, o que gera um rompimento do isolamento e garante indivíduos que se darão melhor em futuras sociedades.         Logo, não há como negar que, apesar de já existirem novas constituições familiares, elas não são necessariamente aceitas na sociedade. Assim, cabe ao Estado Laico nos países, garantir que religião e política não se misturem, de fato, a fim de assegurar os maiores princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos, liberdade e igualdade. Bem como a escola e as famílias, devem trabalhar juntas a fim de erradicar os preconceitos gerados pelo conservadorismo histórico, por meio de projetos extracurriculares que entretenham os alunos ao mesmo tempo que ensine, para, assim, garantir que todas as barreiras sejam, enfim, superadas.